‘Caos informacional’ pauta encontro em Florianópolis

Durante o Acaert Talks, temas como inteligência artificial e a evolução do rádio foram compartilhados pelo jornalista Milton Jung

Redação

Publicado em: 9 de novembro de 2024

3 min.

Quem me conhece, sabe da minha paixão pelo rádio. Foi também esta paixão, além dos ossos do ofício, que me trouxe ao Acaert Talk, em Florianópolis, onde assisti à palestra do jornalista Milton Jung, âncora da CBN, que trouxe uma visão sensacional sobre a evolução e a relevância do rádio, apesar da era digital.

O Acaert Talks 2024, é promovido pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), no Hotel Castelmar, em Florianópolis.

Bom, Jung começou falando sobre a capacidade única do rádio de estabelecer uma relação de confiança com o público, mantendo uma voz “familiar”.

Em um cenário de “caos informacional,” onde as pessoas estão cada vez mais sobrecarregadas de informações, o rádio, segundo ele provou, segue sendo fonte confiável para 58% dos ouvintes.

Concluiu o raciocínio mostrando, através de pesquisas, que as pessoas buscam, mais do que informação, mas uma conexão humana, algo que o rádio faz como nenhuma outra mídia.

Com dados atuais, Jung mostrou a força do rádio no seguinte: 78% dos brasileiros ainda escutam em AM ou FM, dedicando em média quase 4 horas diárias.

“A tecnologia trouxe novas plataformas, como YouTube e streaming, e o rádio soube aproveitar esses canais, ampliando o alcance sem perder sua essência”.

Outra perspectiva interessante que ele compartilhou foi o papel da inteligência artificial. Bem, alertou que IA é uma ferramenta poderosa, mas que não substitui a necessidade de uma comunicação autêntica e bem fundamentada.

“Precisamos de argumentação e pensamento crítico,” afirmou, ressaltando que o rádio é mais do que dados—é o jeito de contar histórias de forma direta, humana e próxima.

“Rádio é um jeito de comunicar,” resumiu Milton Jung.



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