Por Gisele Victor Batista, Coordenadora de Mobilização do Movimento ODS SC
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Não importa se você é gestor público, empresário, educador, agricultor, profissional liberal ou estudante: a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém do Pará em novembro de 2025, é um chamado coletivo. Pela primeira vez, uma COP será realizada na Amazônia, e isso não é apenas uma escolha geográfica. É uma escolha simbólica e estratégica, que coloca o Brasil no centro das decisões climáticas globais.
A COP30 vai discutir temas como redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), energias renováveis, justiça climática, financiamento verde, proteção de florestas e adaptação às mudanças do clima. E tudo isso está profundamente conectado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
ODS: o plano da humanidade para um futuro possível
Criada pela ONU em 2015, a Agenda 2030 global propõe 17 ODS com metas que envolvem meio ambiente, economia e inclusão social. A COP30 é um acelerador dessa agenda.
Veja alguns exemplos:
• ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima) será o grande protagonista da conferência;
• ODS 15 (Vida terrestre), com foco na preservação da biodiversidade e florestas;
• ODS 7 (Energia limpa e acessível) e ODS 9 (Indústria, inovação e infraestrutura) entram em pauta com a transição energética;
• ODS 6 (Água potável e saneamento) e ODS 11 (Cidades e comunidades sustentáveis) se conectam às ações de adaptação e resiliência;
• ODS 17 (Parcerias e meios de implementação) será essencial para viabilizar soluções conjuntas entre governos, empresas e sociedade civil.
E o que isso tem a ver com você?
Tudo! Porque os efeitos da crise climática não conhecem fronteiras. As inundações no Sul do Brasil, as ondas de calor no Sudeste e o desmatamento na Amazônia já impactam diretamente nosso cotidiano, nossa saúde, o preço dos alimentos e a segurança hídrica. E isso abre caminho para soluções inovadoras.
A COP30 não será apenas um evento diplomático. Ela exige uma mudança concreta de atitude. Governos precisarão fortalecer seus Planos de Ação Climática; empresas terão que comprovar, com dados transparentes, o quanto suas operações estão alinhadas aos ODS e à transição para uma economia de baixo carbono; e organizações sociais e cidadãos serão parte fundamental na construção de soluções territoriais e inclusivas.
Como sua organização pode se alinhar aos ODS e à COP30?
1 – Inclua a análise de riscos climáticos no seu planejamento. Isso reduz prejuízos e aumenta a resiliência.
2 – Mensure emissões e elabore inventários de GEE. Transparência é um valor estratégico.
3 – Adote metas vinculadas aos ODS no seu negócio. Já existem metodologias específicas para isso, como a ISSO/PNUD 53002.
4 – Implemente projetos de eficiência energética e economia circular. São ações com retorno social, ambiental e financeiro.
5 – Invista em formação de equipes com Green Skills. Profissionais preparados são chave para a inovação sustentável.
A Amazônia como protagonista
A escolha de Belém para sediar a COP30 mostra ao mundo que a preservação dos biomas e o protagonismo dos povos originários são centrais na resposta à crise climática. Isso dialoga diretamente com o ODS 10 (Redução das desigualdades), ODS 16 (Paz, justiça e instituições eficazes) e ODS 18, um marco brasileiro que propõe a luta antirracista como parte da sustentabilidade.
A hora é agora
A COP30 é um marco. E ela exige mais do que discursos: exige ação coordenada. É hora de sair do lugar comum e adotar uma nova postura frente ao planeta. O futuro sustentável se constrói com decisões presentes. E você, sua empresa, sua cidade, sua escola, seu coletivo, todos têm um papel.
Quer saber mais sobre iniciativas de sustentabilidade? Acesse: @harpiameioambiente
Venha fazer parte das transformações que o mundo precisa!
Se você ou sua empresa pode fazer mais e melhor para cuidar das pessoas e do planeta, faça parte do Movimento Nacional ODS SC e HUB ODS SC – Uma parceria entre o Movimento Nacional ODS SC e o Pacto Global Brasil. Estas iniciativas buscam a construção de uma sociedade melhor, socialmente inclusiva, ambientalmente sustentável e economicamente equilibrada.