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Evangélicos crescem e desafiam hegemonia católica

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Foto: Freepik/Imagem Ilustrativa

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Evangélicos crescem e desafiam hegemonia católica

Santa Catarina registra mudança no perfil religioso, com avanço evangélico e aumento dos sem religião, aponta IBGE

O panorama religioso de Santa Catarina está mudando. Embora o catolicismo ainda seja a crença mais seguida no estado — reunindo 64,3% da população com 10 anos ou mais —, a proporção de fiéis vem diminuindo. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE, e mostram que, em 12 anos, os católicos perderam 9,2 pontos percentuais em participação, apesar de terem crescido em números absolutos.

Enquanto isso, os evangélicos avançam. Já representam 23,4% dos catarinenses, somando 1,6 milhão de pessoas. O crescimento foi mais modesto do que na década anterior, mas consistente: 498 mil novos adeptos desde 2010. O aumento é especialmente visível em cidades do Litoral Norte como Camboriú, Itajaí e Navegantes, onde os evangélicos já superam 30% da população.

No interior, o avanço também chama atenção. Arabutã, no Meio-Oeste, está entre as cidades com maior proporção de evangélicos no Brasil, ao lado de municípios do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo com forte influência alemã ou pomerana.

Outro destaque é o crescimento do grupo que declara não seguir religião alguma, que dobrou em Santa Catarina: passou de 3,2% para 6,3% da população. Nacionalmente, esse percentual é ainda maior, chegando a 9,4%.

As religiões de matriz africana, como Umbanda e Candomblé, ainda representam uma minoria (0,8%), mas tiveram o maior crescimento proporcional: 82,8%. Segundo o IBGE, parte desse aumento pode estar ligado à redução da intolerância e à maior disposição das pessoas em se identificarem publicamente com essas crenças.

O perfil dos fiéis também está mudando. Mulheres são maioria entre católicos, evangélicos e espíritas, enquanto homens predominam entre os sem religião. Jovens com idade entre 20 e 29 anos são os que mais se declaram sem crença, ao passo que os idosos seguem majoritariamente católicos.

A transformação religiosa em curso em Santa Catarina reflete um fenômeno nacional, com queda na proporção de católicos e avanço de outras crenças. A diversidade cresce e revela um Brasil cada vez mais plural em termos de fé.

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