Radicado em Florianópolis, o surfista Yago Dora conquistou, nesta terça-feira (2), o título de campeão mundial da World Surf League (WSL) pela primeira vez. A vitória consagra não apenas seu desempenho técnico, mas também sua conexão com Santa Catarina, onde foi criado e desenvolveu sua carreira no surfe.
Após a bateria decisiva contra o norte-americano Griffin Colapinto, em Fiji, Yago comemorou o título com familiares e amigos. O abraço mais simbólico, no entanto, foi com o pai, Leandro Dora, conhecido como Grilo — ex-surfista profissional e seu mentor desde a infância. “Divido esse título com ele, com minha namorada, minha equipe e todos que tornaram isso possível”, declarou Yago.
Curiosamente, 2025 foi o primeiro ano em que Yago não contou com o pai como técnico. Apesar disso, Grilo acompanhou o filho de perto e recusou treinar o rival Jack Robinson na grande final, colocando os laços familiares acima das obrigações profissionais. “O Jack é pai e entende como essa relação é importante”, explicou.
Yago está na elite do surfe mundial desde 2018 e agora integra o seleto grupo de brasileiros campeões do mundo — feito iniciado por Gabriel Medina em 2014. Ele contou que começou sua preparação para esta temporada em outubro do ano anterior e enfrentou altos e baixos. “Perdi logo de cara em Pipeline, mas acreditei até o fim”, relatou.
O campeão também dedicou a conquista aos torcedores brasileiros. “Vocês remam junto com a gente, sentimos essa energia”, afirmou, emocionado.
A vitória de Yago Dora reforça o protagonismo do surfe brasileiro no cenário mundial e projeta ainda mais o nome de Florianópolis como polo de formação de atletas de elite.