O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) o reforço nas medidas de monitoramento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em um condomínio no Jardim Botânico, área nobre de Brasília. A decisão garante maior vigilância na área externa e entradas do condomínio, sem exigir presença contínua de agentes dentro da casa.
A medida foi tomada após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestar contrário à permanência da Polícia Federal 24 horas dentro do imóvel, mas favorável ao aumento da segurança nas proximidades. Moraes determinou que a Polícia Penal do DF faça monitoramento presencial na área externa e nas divisas com os imóveis vizinhos, onde há risco potencial de fuga.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, utilizando tornozeleira eletrônica, por violar medidas cautelares que proibiam postagens em redes sociais de terceiros. Na próxima terça-feira (2), ele e mais sete aliados, réus do núcleo 1 da trama golpista, serão julgados pela Primeira Turma do STF.
Recentemente, a PF encontrou um documento de asilo político destinado ao presidente da Argentina, Javier Milei, salvo no aparelho de Bolsonaro desde 2024. A defesa afirmou que se tratava apenas de um rascunho e negou qualquer tentativa de fuga do país.