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Prefeito da época relembra enchente que destruiu cidade

Cotidiano
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Foto: XVI Seminário Enchente 1974/Matheus Machado

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Prefeito da época relembra enchente que destruiu cidade

Dr. Irmoto José Feuerschüette comenta sobre as ações tomadas e como fez para reconstruir Tubarão

TUBARAO

Nesta segunda-feira (24), a enchente que devastou Tubarão completou 51 anos. Para comentar sobre a data, o prefeito da cidade em 1974, dr. Irmoto José Feuerschüette, compartilhou suas lembranças sobre um dos episódios mais marcantes da história do município.

“Na sexta-feira a noite já estávamos com medo. Acompanhado do engenheiro, passamos pelo rio, do Capivari até o Morrotes. Naquela época se tinha ponte. No sábado pela manhã, o rio já estava transbordando no Capivari. Ele subia e descia. Ameaçava transbordar e não transbordava. No fim da tarde já havia dois helicópteros sobrevoando na nossa região. Foi quando o major da nossa companhia (quartel de Tubarão), perguntou para mim: e então prefeito, o que vamos fazer agora?”, destacou Irmoto sobre a tragédia que teve o ponto alto em um domingo.

Feuerschüette determinou que a estrada que liga Jaguaruna a Laguna fosse alastrada, para que a água chegasse com mais afluência na Barra do Camacho. “Determinei isso porque era a barra que ia nos salvar, e foi realmente o que aconteceu. Quando o vento virou no final da tarde de segunda-feira, em menos de 5 horas, já tinha gente voltando para suas casas. Na Avenida Marcolino, que não era possível passar até as 14 horas, por volta das 17 horas eu fui a pé até onde hoje é o shopping”, detalhou o ex-prefeito.

A reconstrução

Irmoto Feuerschüette também falou sobre as ajudas que recebeu para reerguer a cidade. “A reconstrução só foi possível graças aos amigos que Tubarão teve. O Fórum ficou fechado por 60 dias. Ninguém teve problema jurídico. O dr. Márcio Batista da Silva, que comandava o Fórum, foi espetacular e marcou presença na história de Tubarão”, disse o prefeito da época.

Ele também destacou a figura de Colombo Machado Salles, lagunense e governador do estado na época, assim como da em 1974, Presidente da República Ernesto Geisel. “Eu estive com o presidente em Brasília e em Florianópolis. Ele também veio em Tubarão. Ele nos deu aqui R$ 10 milhões de presente. Tubarão não pagou nada, o governo federal deu de presente pouco mais de 1 ano depois da enchente”, comentou.

“Somente tendo padrinhos você consegue reconstruir uma cidade, assim como nós reconstruímos”, finaliza dr. Irmoto.

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