Morro dos Cavalos: deputado cobra mais engajamento

Durante a Sessão Ordinária desta quarta-feira (9), o deputado estadual Mário Motta (PSD) trouxe à tona uma informação relevante sobre o impasse histórico envolvendo o Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça (SC). Segundo ele, a construção dos túneis no trecho, considerada a principal alternativa para garantir a segurança viária na região, chegou a ser licitada pelo Governo Federal em 2016. No entanto, a obra foi cancelada no ano seguinte devido à ausência de garantia orçamentária e a entraves jurídicos.

“O edital para elaboração do projeto foi publicado em 2007. O contrato foi assinado em 2008 e o projeto concluído em 2010. A obra chegou a ser licitada em 2016 por R$ 306 milhões, com prazo de execução de 1.080 dias. Mas foi suspensa e cancelada em 2017 pelo Tribunal de Contas da União. Outro entrave foi a questão indígena”, relatou o parlamentar.

Atualmente, a estimativa de custo para a execução da obra gira em torno de R$ 1,2 bilhão. O projeto prevê a construção de dois túneis nos quilômetros 232 e 235,2 da rodovia federal. Para Motta, a implementação de ao menos um túnel já traria impactos significativos na segurança e no fluxo de veículos.

“Um túnel na direção norte resolveria o problema, visto que o motorista já sairia nessa direção. E, com isso, sobraria para a descida ao sul duas pistas, quatro faixas de rolamento. Inclusive, com acostamentos. Atacaríamos os 27 pontos de risco de deslizamento que existem ali”, defendeu.

Engajamento político insuficiente

O deputado também criticou a falta de união da classe política catarinense em torno do tema. Ele destacou que a reunião realizada pela bancada do Sul, na última terça-feira (8), foi importante, mas insuficiente diante da gravidade da situação.

“A bancada do Sul fez uma reunião ontem, presidida pelo deputado Júlio Garcia. Mas, como deputado de Santa Catarina, acredito que essa reunião deveria envolver todo o estado. Essa é a grande artéria litorânea de ligação econômica do país. Não podemos admitir que uma rodovia tão importante para o nosso desenvolvimento fique suscetível a interdições como a que ocorreu no último domingo, ou as que aconteceram em 2024 e 2022”, declarou.