Siga nas redes
SCTODODIA

SCTODODIA

Unesc inicia estudo sobre envelhecimento saudável

Bem-estar
Pesquisadoras Vanessa Avena Miranda e Suzana Cararo Confortin durante entrevista à Rádio Cidade em Dia sobre o estudo Life Study da Unesc
Foto: Pedro Passos / Rádio Cidade em Dia

Bem-estar

Unesc inicia estudo sobre envelhecimento saudável

Unesc inicia estudo sobre envelhecimento saudável em Criciúma, avaliando saúde e condições de vida dos idosos para embasar políticas públicas

CRICIUMA

A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) dará início, na próxima semana, a um estudo abrangente sobre envelhecimento saudável, denominado Life Study. O projeto será conduzido pelo grupo de pesquisa Vidas, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da instituição.

Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, as coordenadoras do projeto, Vanessa Avena Miranda e Suzana Cararo Confortin, detalharam a iniciativa. “Com o envelhecimento da população, há um aumento das doenças crônicas. E, além disso, queremos entender por que algumas pessoas têm uma longevidade maior que outras. Esse também é um dos objetivos do nosso estudo”, explicou Vanessa Avena Miranda.

Suzana Cararo Confortin explicou como o estudo será conduzido: “Começamos pensando em avaliar os idosos. Precisamos entender as condições de vida e saúde dos idosos de Criciúma. A partir disso, escrevemos o projeto com o objetivo de avaliar essa população.”

A amostra foi feita a partir de um censo, com a seleção de 950 idosos de diferentes setores do município, garantindo representatividade. “Com essa amostra, podemos extrapolar os resultados para a população idosa de Criciúma. Por exemplo, se encontrarmos que 30% da amostra é diabética, podemos generalizar isso para toda a população idosa da cidade”, afirmou Suzana.

O estudo abordará fatores como atividade física, qualidade do sono, qualidade de vida, sarcopenia (perda de massa muscular), fragilidade, multimorbidade, suporte social e violência contra idosos.

Vanessa Avena Miranda enfatizou a importância de seguir a metodologia rigorosa: “Se chegarmos a um domicílio e não houver idoso, ou se o vizinho quiser participar, não podemos substituir a amostra. A amostra sorteada é essencial para garantir a precisão dos resultados.”

A coleta de dados ocorrerá ao longo de cinco a seis meses. Para garantir a segurança dos participantes e identificar os pesquisadores, Vanessa destacou: “Todos os entrevistadores estarão com coletes verdes da Unesc, com o logo bem visível, e crachás coloridos com QR Codes. Isso permitirá que a população tenha acesso às informações sobre os pesquisadores e sobre a pesquisa nas redes sociais.”

Após a coleta, os dados serão analisados, com a intenção de fornecer informações relevantes para a gestão de saúde e para os participantes. “Pretendemos entregar um relatório técnico conclusivo, com os principais resultados que possam embasar a gestão na tomada de decisões e também realizar ações baseadas nesses resultados”, afirmou Vanessa.

Embora as pesquisadoras tenham optado por aguardar os resultados para uma análise mais precisa dos problemas enfrentados pela população idosa pós-pandemia, Suzana mencionou um estudo anterior realizado em Florianópolis, que revelou um alto índice de inatividade física entre os idosos. Esse dado reforça a importância da pesquisa na formulação de políticas públicas eficazes.

Vanessa e Suzana destacaram a relevância social do estudo. “A pesquisa gerará evidências reais. Sem ela, estaríamos atirando no escuro”, enfatizou Vanessa. Suzana complementou, destacando o rigor metodológico que garantirá a fidelidade dos dados.

O Life Study não é uma tese de mestrado, mas um projeto abrangente que pode gerar vários trabalhos acadêmicos. Ambas as coordenadoras são professoras da pós-graduação em saúde coletiva e em outras áreas da saúde na Unesc.

QUER SUGERIR UMA NOTICIA
Continue lendo
Topo