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Fraude de R$ 6 bilhões no INSS lesa aposentados

Economia
Policiais federais em frente ao prédio do INSS, preparados para uma operação de investigação
Foto: Divulgação / Polícia Federal

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Fraude de R$ 6 bilhões no INSS lesa aposentados

Esquema bilionário no INSS lesou aposentados e pensionistas, com desvios de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Uma fraude bilionária no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), estimada em mais de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, lesou aposentados e pensionistas por meio de descontos indevidos e aposentadorias fraudulentas. O golpe e suas implicações foram detalhados pelo economista e professor Murialdo Gastaldon, em entrevista à Rádio Cidade em Dia.

A investigação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema complexo, no qual associações utilizavam cadastros não autorizados e assinaturas falsas para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS. Durante sua participação no programa, Gastaldon também mencionou outras operações recentes da PF, que expuseram desvios significativos em áreas como o Bolsa Família, apostas esportivas, fraudes envolvendo inteligência artificial, pirâmides financeiras com criptomoedas e leilões virtuais falsos.

Quanto à fraude no INSS, o economista detalhou as principais formas de atuação dos criminosos, conforme apurado pela PF: aposentadorias falsas (R$ 2 bilhões), fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) (R$ 800 milhões), empréstimos consignados fraudulentos, reativação de benefícios de pessoas falecidas e corrupção interna de servidores (R$ 1 bilhão em propina).

Para ilustrar a magnitude do prejuízo, Gastaldon fez comparações impactantes. “Com R$ 6 bilhões, seria possível construir 60 mil casas ao custo de R$ 100 mil cada, o que representaria quase a totalidade dos imóveis de Criciúma. Ou, na área da saúde, esse valor seria suficiente para financiar a formação de 7 mil médicos na Unesc, do início até o final do curso”, exemplificou.

Gastaldon ressaltou que a fraude prejudica diretamente a economia popular, subtraindo recursos essenciais para a subsistência de aposentados e pensionistas, muitos dos quais dependem dessas rendas limitadas. Ele também destacou a complexidade do esquema, classificando-o como uma “organização criminosa mafiosa”, devido ao envolvimento de várias pessoas em diferentes etapas da fraude.

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