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Ditados populares que você diz errado sem saber

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Ditados populares que você diz errado sem saber

Confira expressões do dia a dia que foram distorcidas com o tempo — e o verdadeiro significado de cada uma

Os ditados populares fazem parte da cultura brasileira, transmitidos de geração em geração como lições de vida, críticas sociais ou apenas conselhos em forma de sabedoria popular. No entanto, muitos desses provérbios sofreram alterações ao longo do tempo — e são repetidos de forma errada até hoje, mesmo por quem pensa estar certo.

Reunimos 12 expressões que você provavelmente já falou errado — e explicamos o que elas realmente significam.

✅ 1. Cuspido e escarrado

Errado: Esculpido em Carrara
Certo: Cuspido e escarrado
Usada para se referir a alguém muito parecido com outra pessoa. “Escarrado”, aqui, é apenas um reforço do “cuspido”.

✅ 2. Corro de burro quando foge

Errado: Cor de burro quando foge
O sentido é de confusão ou algo incerto. O correto é “corro de burro quando foge”, ou seja, sair correndo desordenadamente.

✅ 3. Quem tem boca vaia Roma

Errado: Quem tem boca vai a Roma
O original fala sobre protestar: quem tem voz, se posiciona. Com o tempo, virou uma expressão sem o contexto real.

✅ 4. Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão

Errado: Esparrama
A batata espalha suas ramas, ou folhas, no solo — não “esparrama”.

✅ 5. Hoje é domingo, pede cachimbo

Errado: Pé de cachimbo
O versinho infantil foi alterado oralmente. O original indica um dia de descanso, em que se “pede” o cachimbo para fumar.

✅ 6. Ossos do ofício

Essa está certa, apesar das dúvidas. “Ossos” representa as dificuldades de qualquer profissão. A versão “ócios do ofício” não tem respaldo histórico.

✅ 7. Quem não tem cão, caça como gato

Errado: Caça com gato
O “como” indica agir como um gato: sozinho, silencioso. A troca por “com” alterou completamente o sentido.

✅ 8. Quem pariu, que o mantenha e balance

Errado: Quem pariu Mateus que o balance
Versão antiga e completa. Ambas indicam responsabilidade: quem criou a situação deve lidar com ela.

✅ 9. Parece que tem bicho-carpinteiro

Esse ditado divide opiniões. O “bicho-carpinteiro” existe (é um tipo de larva), mas também há quem prefira “bicho no corpo inteiro”. Ambos funcionam como metáfora para inquietação.

✅ 10. Enfiou o pé na jaca

Também pode ser “enfiou o pé no jacá” — cesto comum em bares no passado. As duas formas fazem referência a exageros, especialmente com bebidas.

✅ 11. Caiu no gosto do povo

A forma antiga era “caiu no goto”, referência à glote. O uso caiu em desuso, e a expressão evoluiu para “gosto”, com sentido mais agradável e compreensível.

✅ 12. Faca de dois gumes

Errado: Faca de dois legumes
O “gume” é o fio da lâmina. A versão com “legumes” é cômica, mas errada. A frase fala sobre algo com dois lados, positivo e negativo.

Resgatar o sentido original dos provérbios é mais do que uma curiosidade linguística — é valorizar a memória da cultura popular brasileira. Mas, como toda língua viva, o jeito de falar também se reinventa com o tempo.

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