Economia
Economia catarinense cresce 7,1% até abril, aponta BC
Indústria lidera expansão, mas abril mostra recuo pontual de 1% na atividade econômica estadual
Santa Catarina registrou um crescimento acumulado de 7,1% na atividade econômica de janeiro a abril de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), divulgado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB estadual. O desempenho catarinense supera a média nacional, de 3,5%, e é o segundo maior entre os estados, atrás apenas do Paraná (7,5%).
Apesar do bom desempenho no quadrimestre, o resultado de abril frente a março apontou retração de 1% na economia estadual, enquanto o país teve alta de 0,2% no mesmo período. Segundo o Observatório Fiesc, ligado à Federação das Indústrias de SC, o cenário mensal reflete um ambiente de negócios mais restritivo, impactado por juros elevados e acesso limitado ao crédito.
Indústria impulsiona o crescimento
A indústria foi o principal vetor da expansão, com alta acumulada de 6,4% até abril. Entre os destaques, o setor de máquinas e equipamentos cresceu 18,7%, seguido por produtos de metal (17,9%) e veículos e reboques (13,4%). Em abril, frente a março, a indústria catarinense teve leve alta de 0,1%, apontando estabilidade.
Comércio e serviços também avançam
O comércio ampliado teve crescimento de 5,9% no quadrimestre, com destaque para artigos de uso pessoal e doméstico (18,9%), vestuário e calçados (10%) e supermercados (8,4%). No entanto, o setor recuou 1,8% em abril na comparação com março.
Já os serviços cresceram 4,9% no acumulado do ano, com destaque para serviços prestados às famílias, como hotéis e restaurantes, que avançaram 11,9%. Também houve altas relevantes nas atividades turísticas (10%) e de transporte (7%). Em abril, o setor de serviços cresceu 0,5% no estado.
O desempenho evidencia a força da economia catarinense em 2025, mesmo diante de desafios conjunturais. A continuidade da expansão dependerá da evolução das condições de crédito e do ambiente macroeconômico nos próximos meses.