Carregadores antigos podem virar fonte de renda
Eliminar carregadores antigos pode render lucro, reduzir e‑lixo e mobilizar programas catarinenses de coleta e conscientização
A proposta de transformar carregadores antigos em “tesouros” — recuperando metais como cobre e ouro — ganha destaque à medida que o Brasil lidera a América do Sul na geração de lixo eletrônico. Estima‑se que apenas 3 % desse material seja reciclado, o que representa uma perda significativa de recursos e aumento na poluição.
Impactos e oportunidades locais
Em Santa Catarina, o descarte inadequado desses acessórios afeta lixões e aterros no estado, contaminando solo e cursos d’água. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae‑SC) reforça que estes itens contêm materiais tóxicos — como chumbo e mercúrio — e metais valiosos, que poderiam ser reaproveitados.
Iniciativas catarinenses
Programas municipais de logística reversa, previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), contam com parcerias para coleta de pequenos eletrônicos — incluindo pilhas, cabos e carregadores. Operadoras como Vivo, Claro e Oi mantêm pontos de coleta no estado, mas a adesão ainda é baixa. Escolas e instituições locais têm promovido campanhas de conscientização, ensinando práticas de reutilização criativa — como uso de cabos antigos em projetos caseiros — e encaminhamento correto nos ecopontos.
Qual estratégia adotar?
Consumidor deve reunir carregadores em desuso e levá-los a pontos de coleta (lojas de operadoras, prefeituras, cooperativas).
Empresas e órgãos públicos precisam ampliar campanhas de logística reversa, incentivando descarte correto.
Garimpagem consciente: como aponta relatório da ONU, os componentes eletrônicos contêm grande concentração de metais, superando até o minério tradicional — sediar cooperativas de reciclagem poderia gerar renda e emprego no estado.