Economia
União amplia cota da pesca artesanal de tainha
Decisão garante mais 100 toneladas para arrasto de praia e permite continuidade da safra até o fim de julho
O governo federal autorizou o acréscimo de 100 toneladas à cota da pesca artesanal de tainha na modalidade de arrasto de praia em Santa Catarina. A decisão foi oficializada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) após audiência na Justiça Federal, que tratou da fixação inédita de cotas para os pescadores artesanais de Santa Catarina
Com a medida, a cota total para o arrasto de praia passa de 1.100 para 1.200 toneladas na safra 2025. A transferência foi viabilizada com base na cota remanescente da modalidade cerco/traineira, ainda com baixo índice de captura. A decisão foi aprovada em reunião extraordinária do Grupo de Trabalho da Tainha (GT Tainha), que reúne representantes do setor pesqueiro e do governo federal.
Segundo o MPA, a pesca será suspensa ao atingir 90% da nova cota (1.080 toneladas), com aviso de aproximação emitido quando 80% (960 toneladas) forem capturadas. Até o momento, a pesca artesanal nas praias catarinenses já acumula 893 toneladas de tainha, restando 306 toneladas para o encerramento da temporada.
O secretário estadual da Pesca, Tiago Frigo, comemorou o aumento: “Estávamos próximos de encerrar a cota, e essa redistribuição permite que os pescadores artesanais sigam trabalhando no último mês da safra.” Ele também reforçou que o Estado seguirá atuando contra o limite de cotas para a categoria, medida imposta pela primeira vez este ano.
A safra 2025 termina em 31 de julho. As demais modalidades já apresentam cenários distintos: o emalhe anilhado (semi-artesanal) encerrou a temporada com 1.100 toneladas, após atingir 90% da cota permitida. Já a modalidade cerco/traineira capturou 325 toneladas, cerca de 65% da meta de 600 toneladas. Quatro embarcações já atingiram o limite individual de 50 toneladas e estão fora da operação.
A ampliação da cota para a pesca artesanal garante fôlego adicional aos pescadores das praias catarinenses, que tradicionalmente sustentam parte significativa da economia pesqueira local durante o inverno.