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Protesto marca sanção da estadualização do Ruth Cardoso

Cotidiano
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Foto: Gerosn Felippi/Rádio Menina/Reprodução

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Protesto marca sanção da estadualização do Ruth Cardoso

Família cobra apuração após morte de bebê no hospital; governador promete rigor na investigação

A cerimônia que marcou a sanção da lei de estadualização do Hospital Ruth Cardoso, realizada neste domingo (20) em Balneário Camboriú, foi interrompida por um protesto emocionado de um casal que perdeu o filho recém-nascido na unidade. Edemar Leitemperger e Dayla Fernanda Pedroso Ramos abordaram o governador Jorginho Mello e a prefeita Juliana Pavan, cobrando respostas sobre o caso, que segundo eles, envolve possível negligência médica.

O pai relatou que o bebê, Ragnar, morreu durante o parto após a recusa da equipe médica em realizar uma cesariana solicitada pela família. A mãe também sofreu complicações graves e precisou retirar o útero. “Eu perdi meu filho com nove meses aqui dentro do hospital e até hoje não tive resposta”, desabafou Edemar. “Só quero justiça.”

Dayla contou que teve o parto induzido sem dilatação e que a cesárea só foi realizada após agravamento do quadro. “Se tivessem feito a cesárea antes, meu filho estaria comigo. Tive que pesquisar na internet pra entender o que tiraram de mim”, afirmou.

Em resposta, a direção do Hospital Municipal Ruth Cardoso informou que o caso está judicializado e que medidas já foram adotadas, como o afastamento cautelar do médico envolvido, abertura de processo administrativo disciplinar contra a equipe, e notificação ao CRM-SC, que instaurou sindicância. A gestão afirma ter fornecido documentos e mantido diálogo com a família.

O governador Jorginho Mello se pronunciou pelas redes sociais, afirmando que o hospital ainda está em transição de gestão, mas que conversou com os pais e prometeu cobrar uma apuração rigorosa. “O meu compromisso é cobrar justiça, seja quem for o responsável”, disse, criticando a politização do episódio.

A nova lei transfere a gestão do Hospital Ruth Cardoso para o Governo do Estado. O município cede o terreno e as instalações, com cláusula de reversão caso a unidade seja fechada. A gestão plena será assumida por uma organização social até setembro de 2025, durante um processo de transição com apoio da prefeitura.

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