Cotidiano
Conselho das Cidades orienta urbanismo em Tubarão
Representante destaca atuação técnica do grupo em decisões sobre mobilidade e adensamento urbano

Por
Joca Baggio
Em entrevista recente a Rádio Cidade Tubarão, a integrante do Conselho das Cidades de Tubarão, Daniela, trouxe à tona os desafios e a importância do órgão nas decisões de planejamento urbano da cidade. A atuação do conselho, segundo ela, vai além da análise técnica: é um espaço de discussão plural, com representantes da sociedade civil, associações de bairro e técnicos da prefeitura.
Daniela explicou que o Conselho é consultado em projetos encaminhados pelas secretarias municipais, especialmente a de Planejamento, mas nem sempre sua atuação é vinculante. “Nem tudo o que chega ao conselho será executado. Nossa função é analisar, debater e propor melhorias com base no impacto urbano e social das decisões”, afirmou.
Um dos pontos centrais do debate foi a verticalização de áreas centrais e a pressão sobre a mobilidade urbana. Daniela defendeu que, nas regiões já consolidadas da cidade, a construção de edifícios pode ser viável, desde que respeite parâmetros técnicos e legais. Ela destacou que muitos empreendimentos ainda são projetados sem considerar o impacto viário, o que pode sobrecarregar ruas estreitas e dificultar o trânsito.
“Temos muitos exemplos de construções feitas em locais com vias que já não comportam o volume adicional de veículos. Isso exige estudos de impacto de vizinhança, que considerem desde o sombreamento até a mobilidade e acessibilidade”, comentou.
Durante a conversa, também foi ressaltado que há casos em que construções irregulares de gestões passadas hoje podem ser regularizadas com base em mudanças na legislação. O conselho tem atuado para equilibrar esses casos, sempre prezando pela segurança, fluidez urbana e cumprimento do plano diretor.
Daniela reforçou ainda que o Conselho das Cidades está aberto à participação popular, inclusive permitindo que cidadãos acompanhem as reuniões como ouvintes. “Nosso trabalho é técnico, mas é também uma ponte entre a prefeitura e a população. A cidade é de todos, e todos devem ter voz nesse processo”, concluiu.