Cotidiano
Saiba quem fez tatuagem com sedação
Resolução do CFM veta anestesia em estúdios após caso de influenciador catarinense que morreu sob sedação
O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos em procedimentos de tatuagem em todo o Brasil. A medida, publicada nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial da União, foi motivada por riscos à saúde, inclusive com registro recente de morte em Santa Catarina.
Em janeiro deste ano, o influenciador e empresário Ricardo Godoi faleceu em uma clínica particular de Itapema após ser sedado para iniciar uma tatuagem nas costas. Ele sofreu uma parada cardíaca durante o processo de intubação, ainda antes do início da tatuagem, e não resistiu. O caso ganhou repercussão nacional e acendeu o alerta sobre o uso indevido de anestesia fora do ambiente hospitalar.
A nova resolução do CFM veda o uso de sedação para tatuagens de qualquer porte ou região do corpo, exceto em situações médicas justificadas, como reconstruções corporais prescritas por profissionais habilitados. Segundo o Conselho, os riscos superam os benefícios em ambientes não controlados clinicamente.
Antes da decisão, o uso de anestesia para tatuagens vinha se popularizando entre celebridades. MC Daniel, Jesus Luz, Rafaella Santos, MC Cabelinho e Davi Brito foram alguns dos nomes que recorreram ao método para enfrentar longas sessões de tatuagem sem dor. Em alguns casos, os procedimentos duraram mais de oito horas e foram realizados sob intubação.
A resolução busca evitar novas ocorrências graves como a registrada em Itapema e reforça que práticas anestésicas devem ser conduzidas exclusivamente por médicos, com estrutura adequada e monitoramento rigoroso.