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Trump envia submarinos nucleares em direção à Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (1º) que ordenou o deslocamento de dois submarinos nucleares em direção à Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (1º) que ordenou o deslocamento de dois submarinos nucleares em direção à Rússia. A decisão foi uma resposta direta às recentes declarações do ex-presidente russo Dmitry Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia. A tensão entre os dois cresceu após Trump impor um prazo de 10 dias para a Rússia aceitar um cessar-fogo com a Ucrânia, sob ameaça de sanções aos países que continuarem comprando petróleo russo.
A proposta de Trump não foi bem recebida por Moscou. O presidente Vladimir Putin declarou que a paz só será alcançada por meio de novas rodadas de negociação e não demonstrou disposição de acatar as exigências americanas. Medvedev, por sua vez, reagiu a críticas feitas por Trump. Em paralelo, crescem temores sobre o uso do sistema “Mão Morta”, arma nuclear de retaliação automática que permanece ativa na Rússia desde os tempos soviéticos.
Na esfera econômica, Trump subiu o tom ao exigir que a Índia — maior compradora de petróleo russo desde 2022 — pare imediatamente de importar o produto. A medida ameaça bilhões de dólares em receita para a Rússia e pode provocar retaliação do Kremlin, como o fechamento do oleoduto CPC, vital para empresas americanas como Chevron e ExxonMobil. O movimento de Trump visa pressionar aliados da Rússia e forçar um avanço diplomático no conflito com a Ucrânia.
A Índia, que hoje importa cerca de 2 milhões de barris de petróleo russo por dia, representa 2% da oferta global do produto. Além dela, China e Turquia também figuram entre os maiores compradores. Diante da pressão dos EUA, refinarias estatais indianas já começaram a suspender compras de petróleo russo, segundo a agência Reuters. A medida é um reflexo direto da ameaça de tarifas americanas de até 100% sobre países que ignorarem o ultimato de Trump.
Com o prazo fixado por Trump até 9 de agosto para um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, o cenário internacional entra em um novo momento de tensão. O envio dos submarinos nucleares, as ameaças econômicas e os riscos de retaliações colocam a diplomacia mundial em alerta. A escalada de declarações e medidas estratégicas indica que os próximos dias serão decisivos para o futuro do conflito e da estabilidade geopolítica.