Saúde
Portos e aeroportos terão que ter alerta contra mpox
Anvisa determinou que, durante o período de Emergência de Saúde Pública, portos e aeroportos do Brasil devem adotar medidas informativas sobre a mpox e o sarampo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que, durante o período de Emergência de Saúde Pública, portos e aeroportos do Brasil devem adotar medidas informativas sobre a mpox e o sarampo. Materiais com orientações sobre sintomas e formas de prevenção da mpox serão fixados nas áreas de desembarque internacional. Paralelamente, companhias aéreas devem anunciar mensagens sonoras sobre o sarampo durante os voos, em português, inglês e espanhol, especialmente em voos internacionais.
Essas diretrizes integram a nova instrução normativa aprovada pela diretoria colegiada da Anvisa. O documento visa reforçar ações temporárias de saúde conforme o cenário epidemiológico, abrangendo doenças classificadas como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), Nacional (ESPIN) ou Evento de Saúde Pública (ESP). No momento, apenas a divulgação de informações é necessária para mpox e sarampo — sem medidas adicionais para os viajantes.
A mpox, provocada pelo vírus Monkeypox, pode ser transmitida por contato direto com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. O principal sintoma é a aparição de lesões na pele, que duram de duas a quatro semanas. Em 2023, a Anvisa aprovou o uso emergencial da vacina Jynneos no Brasil. O alerta atual está relacionado à circulação da nova cepa 1b, identificada na África e detectada no país em março deste ano.
O sarampo é causado por um vírus altamente contagioso que se propaga pelo ar. Mesmo após a certificação de eliminação no Brasil, novos casos foram registrados, inclusive surtos internacionais, motivando o retorno das ações de vigilância. Entre as complicações do sarampo estão otite, pneumonia, infertilidade e até encefalite. Já a poliomielite, também considerada uma emergência internacional, não exige medidas informativas no momento, mas continua sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde.
As vacinas contra o sarampo e a poliomielite seguem disponíveis na rede pública de saúde. Já no caso da mpox, além da vacina Jynneos, o Brasil aposta no desenvolvimento de um imunizante próprio. A iniciativa está sob responsabilidade da Rede Vírus, grupo de especialistas criado para avançar na produção de vacinas, tratamentos e conteúdo técnico sobre vírus emergentes.