Vírus letal ameaça ararinhas-azuis
ICMBio intensifica ações emergenciais contra surto que agrava situação da espécie rara
Um vírus grave e letal tem atingido ararinhas-azuis, uma das aves mais raras do mundo, na Bahia, em meio a uma disputa entre ONGs e o governo sobre as medidas de proteção da espécie. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciou recentemente ações emergenciais para conter o surto e preservar as aves, cuja população já é crítica.
Segundo o ICMBio, as ações incluem reforço na vigilância sanitária, monitoramento dos animais e medidas de contenção da doença para evitar mais contágios. O vírus tem causado mortes e reduzido drasticamente os números da população das ararinhas-azuis, que só existem em cativeiro e em programas de reintrodução na natureza na região de Curaçá, no norte da Bahia.
O cenário se complica com divergências entre organizações não governamentais e órgãos governamentais sobre a melhor abordagem para o manejo e proteção das aves. Enquanto as ONGs clamam por maior transparência e participação nas decisões, o ICMBio destaca que segue protocolos técnicos respaldados pela legislação ambiental.
Além das medidas emergenciais, o Instituto publicou nota oficial esclarecendo procedimentos recentes relacionados à captura e manejo das ararinhas-azuis, reforçando seu compromisso com a conservação da espécie e a proteção dos ecossistemas locais.
O surto do vírus e a situação das ararinhas-azuis evidenciam a fragilidade ambiental e a necessidade de esforços conjuntos para garantir a sobrevivência dessa ave símbolo da biodiversidade brasileira.