Polícia Ambiental flagra pesca irregular de camarão em Jaguaruna
Operação em lagoas da região reforça proteção do defeso do camarão em Santa Catarina

Por
Leticia Matos

A 3ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, com sede em Laguna, realizou uma operação de fiscalização nas lagoas de Camacho e Garopaba do Sul, em Jaguaruna, identificando casos de pesca irregular de camarão durante o período de defeso. O defeso é uma medida ambiental crucial para garantir a reprodução das espécies e a preservação dos ecossistemas catarinenses.
Durante o patrulhamento embarcado na Lagoa da Cigana, os policiais ambientais avistaram um pescador utilizando redes do tipo “aviãozinho”, proibidas durante o defeso. Ao perceber a aproximação da equipe, o infrator tentou fugir, arremessando um balde contendo aproximadamente dois quilos de camarão ao mar. Após acompanhamento, o homem foi abordado e recebeu responsabilização penal e administrativa.
Além da apreensão do camarão, foram recolhidas quatro baterias, nove redes “aviãozinho” em posse do infrator, e outras 23 redes e 24 baterias encontradas abandonadas nas proximidades. A restrição do uso desses apetrechos, prevista para vigorar até 15 de novembro, também abrange as lagoas de Mirim, Imaruí, Santo Antônio, Santa Marta, Noca, Ribeirão Pequeno e Manteiga, conforme normativa estadual.
Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, o camarão-rosa e o camarão-branco são espécies de grande importância econômica para o litoral catarinense. A fiscalização durante o defeso é fundamental para manter a sustentabilidade da atividade pesqueira, garantindo o futuro dos recursos naturais e o equilíbrio ambiental na região.
A Polícia Militar Ambiental mantém a vigilância constante na região para coibir infrações que prejudiquem o meio ambiente, acionando as penalidades previstas na legislação ambiental para quem desrespeitar o período de proteção. O compromisso com a preservação dos ecossistemas e a sustentabilidade da pesca artesanal são prioridades para o Estado.
Para a população catarinense, sobretudo para os pescadores de Jaguaruna e municípios vizinhos, o respeito ao defeso assegura a renovação das espécies e a continuidade de uma atividade tradicional que movimenta a economia local, reforçando a importância da consciência ambiental e da colaboração comunitária.