Máquina criada em Araranguá moderniza colheita do fumo
Apresentada na AgroPonte em Criciúma, Matirde aumenta rendimento e reduz esforço físico no campo
A 14ª edição da Feira AgroPonte, em Criciúma, foi palco da apresentação de uma inovação que tem transformado o trabalho nas lavouras de fumo em Santa Catarina. Desenvolvida pelo fumicultor Nilton Oliveira Francisco, de Araranguá, a máquina Matirde promete mais eficiência e melhores condições de trabalho aos produtores.
O equipamento surgiu da experiência do próprio criador, que buscava alternativas para amenizar as dores causadas pela colheita manual. Com a Matirde, os trabalhadores realizam a colheita sentados, à sombra, e transportam as folhas até o fim da roça sem precisar carregar manualmente. O resultado é um aumento de até 30% no rendimento.
A máquina, que comporta até cinco pessoas, também é multifuncional: pode ser usada como pulverizador, aplicando defensivos agrícolas, adubo e herbicida. A aceitação no mercado tem sido positiva, com cerca de 50 unidades vendidas por ano em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Nilton Francisco, que atua no cultivo do fumo desde os anos 1980, deixou a produção agrícola para se dedicar integralmente à fabricação e comercialização da máquina. “A experiência no campo foi fundamental para chegarmos a essa solução. Hoje, quem usa não imagina trabalhar sem ela”, afirmou.
Além da inovação, a AgroPonte 2024 celebra o centenário de emancipação de Criciúma. A feira reúne cerca de 200 expositores em um espaço de 25 mil m², com destaque para agricultura familiar, tecnologia, implementos agrícolas e setor automotivo. A programação inclui palestras, oficinas e eventos gratuitos abertos ao público, reforçando a relevância do agronegócio para o Sul catarinense.
