BR-282 preocupa com riscos no acesso ao mirante

O acesso ao mirante da Serra da Boa Vista, em Rancho Queimado, foi reconhecido como um dos trechos mais perigosos da BR-282, que liga o litoral à serra catarinense. Apesar da preocupação, não há previsão de curto prazo para implantação de rotatória ou trevo no local. Já em Santo Amaro da Imperatriz, a possibilidade é de instalação de novas lombadas de elevação em áreas com alto índice de acidentes, medida que está em avaliação pelo DNIT.

Essas questões foram debatidas em audiência pública realizada nesta segunda-feira (18), na Assembleia Legislativa, conduzida pelo deputado Junior Cardoso (PRD). O encontro reuniu representantes municipais, federais e da Polícia Militar de Rancho Queimado, que apresentaram as demandas mais urgentes relacionadas à rodovia.

Segundo o superintendente substituto do DNIT em Santa Catarina, Amauri Souza Lima, a solução definitiva seria a duplicação da BR-282, mas, por enquanto, estão em andamento projetos que preveem a implantação de terceiras faixas e novos acessos. Entre o km 30 e o km 85, a previsão é de quase 20 quilômetros de faixas adicionais. Em Rancho Queimado, o único novo acesso confirmado será para a comunidade de Queimada Grande.

O mirante da Serra da Boa Vista, inaugurado em julho do ano passado, tornou-se um dos principais atrativos turísticos da região, recebendo investimentos de R$ 5 milhões do governo estadual e R$ 300 mil do município. O local conta com estrutura completa e ingressos a R$ 60, mas o acesso pelo km 70 da BR-282 segue sendo arriscado devido ao tráfego intenso, curvas perigosas e falta de manutenção no acostamento.

Autoridades locais reforçaram os riscos. O prefeito de Rancho Queimado, Tiago Schultz (PL), lembrou que a neblina frequente agrava a situação e relatou ter perdido um irmão em acidente na rodovia. Já o secretário de trânsito de Santo Amaro, Luiz Gonzaga dos Santos, destacou que pontos como o trevo da Varginha registram ocorrências constantes. A PRF e vereadores cobraram medidas emergenciais, incluindo lombadas, áreas de escape e ações de educação no trânsito.