Conta de luz em SC sobe 13,53% a partir de 22 de agosto
Reajuste autorizado pela Aneel impacta famílias e setores catarinenses, motivado por aumento nos encargos setoriais
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste médio de 13,53% nas tarifas da Celesc, válido a partir desta sexta-feira (22) para toda a área de concessão da distribuidora em Santa Catarina. Esse aumento afeta diretamente os consumidores residenciais, industriais e comerciais do estado.
Segundo a Celesc, residências, que representam mais de 90% dos clientes, terão um reajuste médio de 12,3%. Já para grandes indústrias (grupo A), o aumento pode chegar a 15,8%, enquanto pequenos comércios e unidades do setor rural (grupo B) terão reajuste médio de 12,41%. Apesar do aumento, a tarifa residencial catarinense permanece abaixo da média nacional e acompanha a inflação no período.
O principal fator que levou ao aumento foi o crescimento de 36% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo federal que financia programas sociais como a Tarifa Social de Energia Elétrica, subsídios para fontes renováveis e o programa Luz para Todos. Esses encargos setoriais, que integram a Parcela A da conta de luz, são repassados obrigatoriamente ao consumidor e estão fora do controle da distribuidora.
A Parcela B, que cobre custos operacionais e investimentos da Celesc, representa apenas 1,04% do reajuste médio. O cálculo das tarifas também considera índices econômicos como o IGP-M, que reflete variações nos custos e inflação no setor.
Para uma residência com consumo médio de 200 kWh por mês, a conta de luz subirá cerca de R$ 19,20, passando de R$ 160 para aproximadamente R$ 179,20. Especialistas orientam práticas para amenizar o impacto, como uso de lâmpadas LED, desligar aparelhos após o uso, otimizar o uso do ar-condicionado e evitar o emprego excessivo de eletrodomésticos de alto consumo.
A Celesc atende 2,7 milhões de unidades consumidoras distribuídas em 260 municípios de Santa Catarina. O reajuste elevado deste ano supera os aumentos registrados em 2023 e 2024, que ficaram abaixo dos índices inflacionários.
Toda a documentação e detalhes sobre o reajuste estão disponíveis nos canais oficiais da Aneel e da Celesc, órgãos responsáveis pela regulação e distribuição de energia no estado.