O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não comparecerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para acompanhar presencialmente o primeiro dia do julgamento sobre a trama golpista, no qual ele é réu. A informação foi confirmada por sua defesa.
Aos aliados, Bolsonaro já tinha indicado que seguiria a orientação dos advogados. A participação presencial dos réus no julgamento é facultativa e, no caso do ex-presidente, dependia de um pedido junto ao STF, já que ele está em prisão domiciliar.
Outros três réus envolvidos no processo afirmaram que não vão comparecer ao primeiro dia das sessões, marcado para esta terça-feira (02). Segundo os advogados de defesa, o almirante Almir Garnier, o general Augusto Heleno e ex-ministro da Justiça Anderson Torres não vão ao julgamento.
A defesa do general Paulo Sérgio Nogueira confirmou a presença do réu. Além dos citados, o processo inclui o ex-ministro da Defesa Braga Netto; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; e o delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de inteligência) Alexandre Ramagem.
O julgamento será na Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, com relatoria de Alexandre de Moraes. As sessões começam nesta terça, mas o colegiado também reservou os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro para julgar o caso.
Os réus do grupo — conhecido como o “núcleo crucial” da trama golpista — são acusados de tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023 e respondem por crimes cujas penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.