A indústria catarinense de produtos de madeira registrou, em agosto, o pior resultado do ano no mercado de trabalho, com o fechamento de 926 vagas formais. O número foi divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e reflete os impactos diretos do aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, em vigor desde o início do mês.
O saldo negativo corresponde à diferença entre contratações e desligamentos e representa quase 60% do total de vagas perdidas pela indústria de Santa Catarina no período. No geral, o setor industrial encerrou agosto com 1,6 mil postos a menos, marcando o primeiro resultado negativo de 2025.
Apesar da retração na indústria, o mercado catarinense como um todo manteve saldo positivo, ainda que modesto, com a criação de 315 novos empregos formais, no pior desempenho mensal do ano até agora.
Efeitos já vinham sendo sentidos
A queda na atividade não foi surpresa para o setor. Em julho, mês do anúncio do tarifaço, a indústria de madeira e móveis de Santa Catarina já havia fechado 600 postos de trabalho. À época, empresários relataram que a incerteza sobre a medida norte-americana levou à desaceleração da produção e adiamento de pedidos no mercado internacional.
Agora, com a aplicação efetiva das tarifas, a pressão sobre a indústria catarinense de madeira se intensificou. O setor é um dos mais dependentes das exportações e tem os Estados Unidos como destino relevante de seus produtos.
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