Mesmo sem registros de casos, o Governo de Santa Catarina mobilizou a rede assistencial e de vigilância para garantir a detecção precoce, o atendimento imediato e a notificação obrigatória de intoxicações por metanol. A medida segue determinação do governador Jorginho Mello após São Paulo registrar episódios graves relacionados a bebidas adulteradas.
Rede preparada e antídoto disponível
A Secretaria de Estado da Saúde reforçou protocolos clínicos e confirmou que o antídoto já está disponível em hospitais da rede estadual. O atendimento deve ser acionado pelo CIATox-SC pelos telefones 0800 643 5252 (24h) e (48) 3721 9173.
Segundo o secretário de Saúde, Diogo Demarchi, notas técnicas já foram enviadas aos municípios para orientar equipes médicas sobre diagnóstico, exames e tratamento.
Fiscalização em bares e distribuidoras
Além da área de saúde, órgãos de fiscalização e segurança atuam de forma integrada. O Procon-SC, a Polícia Civil, o Imetro-SC e a Secretaria da Saúde definiram um plano preventivo para aumentar o controle sobre a comercialização de bebidas no estado.
Um Procedimento Operacional Padrão (POP) foi apresentado aos Procons municipais para padronizar a fiscalização em bares, supermercados e distribuidores. Comerciantes deverão comprovar a origem lícita dos produtos, apresentando notas fiscais.
Sintomas de intoxicação por metanol
Especialistas alertam para os sinais que podem indicar contaminação:
- Iniciais (até 6h): dor de cabeça, tontura, náuseas, sonolência, vômitos e alterações visuais.
- Latência (12h a 24h): acidose metabólica progressiva, sintomas neurológicos e visuais mais intensos.
- Quadros graves: convulsões, coma, cegueira irreversível, falência renal e até morte.
Histórico em Santa Catarina
De acordo com a Secretaria da Saúde, o último óbito por ingestão de metanol no estado foi registrado em 2022, causado pela ingestão de combustível, sem relação com bebidas adulteradas. Nos últimos três anos, não houve mortes por esse tipo de intoxicação em Santa Catarina.
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