A graviola (Annona muricata), fruta tropical amplamente consumida no Brasil, tem ganhado destaque não apenas pelo sabor marcante, mas também pelo seu potencial terapêutico. Utilizada há séculos na medicina tradicional, a planta é objeto de diversos estudos científicos que investigam suas propriedades antitumorais, anti-inflamatórias e antioxidantes.
Suas folhas, sementes, casca e polpa são ricas em acetogeninas anonáceas, compostos bioativos com ação citotóxica, antimicrobiana e antiparasitária. Segundo a Embrapa, esses princípios ativos são o foco central das pesquisas farmacológicas envolvendo a espécie.
“Pesquisas em todo o mundo têm confirmado o que o conhecimento tradicional aponta: componentes bioativos naturais presentes nas folhas, caule, casca e semente dos frutos da gravioleira apresentam comprovado efeito anticancerígeno” (MORAES apud EMBRAPA, 2017).
Potencial antitumoral: pesquisas promissoras, mas ainda experimentais
As acetogeninas anonáceas têm demonstrado alta seletividade contra células tumorais em estudos de laboratório, o que desperta interesse da comunidade científica. Em testes pré-clínicos, esses compostos exibem efeito citotóxico — ou seja, são capazes de inibir o crescimento de células cancerígenas.
Apesar do potencial promissor, os pesquisadores alertam que não há comprovação clínica de que a graviola possa curar ou substituir tratamentos oncológicos. O uso da planta deve ser encarado como complementar e experimental, e o acompanhamento médico é essencial.
Ação anti-inflamatória e analgésica: alívio natural da dor
Além de seu potencial antitumoral, a graviola apresenta efeitos anti-inflamatórios e analgésicos significativos. Estudos da Universidade Federal do Ceará (UFC) mostraram que as folhas da planta contêm alcaloides e flavonoides capazes de reduzir processos inflamatórios e dores articulares.
“Alguns compostos presentes na A. muricata já foram relacionados com as atividades antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana dessa planta” (LIMA, 2013).
Tradicionalmente, o chá das folhas de graviola é usado para aliviar espasmos musculares, dores e inflamações. Contudo, fitoterapeutas recomendam que o uso seja feito com orientação profissional, para evitar interações indesejadas com medicamentos.
Efeito antioxidante: proteção contra o estresse oxidativo
Outro destaque da graviola é sua alta concentração de compostos fenólicos e flavonoides, responsáveis por combater o estresse oxidativo — processo associado ao envelhecimento celular e a doenças crônicas como diabetes, hipertensão e câncer.
Pesquisas indicam que o consumo regular da fruta ajuda a neutralizar radicais livres, fortalecendo o sistema imunológico e prevenindo danos celulares.
“O consumo de frutas está associado à redução do risco de doenças relacionadas com os elevados níveis de estresse oxidativo. Antioxidantes diminuem esse estresse, minimizam a incidência dessas doenças, contribuindo para a saúde e a graviola é uma fonte natural de antioxidantes” (NUNES et al., 2013).
A polpa da graviola pode ser consumida in natura, em sucos ou vitaminas, sendo uma forma saborosa de aumentar a ingestão de antioxidantes naturais.
Uso com responsabilidade
Apesar do potencial terapêutico reconhecido em pesquisas, especialistas reforçam que a graviola não deve substituir tratamentos médicos convencionais, especialmente no caso de doenças graves como o câncer.
O consumo equilibrado, aliado à orientação de um profissional de saúde, é o caminho mais seguro para aproveitar os benefícios dessa fruta milenar.
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