Na Marejada, o cheiro da sardinha na brasa é mais do que um convite ao paladar — é um símbolo que atravessa gerações. Desde 1988, o prato que começou como uma brincadeira entre amigos se transformou em um dos maiores ícones da festa e um dos sabores mais marcantes de Itajaí.
Quem relembra o início dessa tradição é o itajaiense Heriberto Cadore, um dos responsáveis por introduzir a iguaria na Marejada.
“Nós iniciamos em 1988 aqui na Marejada. Na época, tínhamos cozinha industrial e restaurante em Itajaí. Em 1989, introduzimos a sardinha na festa. Começou como uma pequena brincadeira de assar um peixinho, com uma grelinha só, uma churrasqueira bem pequenininha”, conta Cadore.
O sucesso foi imediato. O gesto simples de preparar o peixe se tornou ritual gastronômico e, com o passar dos anos, consolidou-se como uma das principais atrações da Marejada. Hoje, o espaço dedicado à sardinha é parada obrigatória dos visitantes.
“Felizmente, ela se tornou o xodó da festa. A expectativa é vender de 1.500 a 2.000 quilos de sardinha durante a Marejada”, afirma Cadore.
Mais do que um prato típico, a sardinha na brasa representa a alma da festa — o esforço e a paixão de quem acreditou na cultura e ajudou a transformar uma ideia simples em um símbolo da identidade itajaiense.
Na Marejada, cada grelha acesa conta uma história — e a da sardinha segue sendo uma das mais saborosas.

Doces portugueses e tradição familiar adoçam a 36ª Marejada
Entre os aromas que tomam conta do Centreventos Governador Luiz Henrique da Silveira, um espaço em especial tem adoçado os dias da 36ª Marejada. A Mister Doceria, comandada por Mônia e sua família, é uma das atrações gastronômicas mais queridas do evento, celebrando mais de 20 anos de história dedicados à arte de fazer doces.
A doceria participa da festa há cerca de 10 anos, conquistando o público com a combinação de sabor artesanal e tradição familiar.
“A gente trabalha com doces há mais de 20 anos, toda família participa. Estamos na Marejada há cerca de 10 anos”, conta Mônia, orgulhosa.
Nos últimos anos, o estande passou a destacar também doces portugueses, feitos em parceria com uma fábrica de Curitiba.
“É um casal, Seu Paulo e Dona Margarida, que fazem os doces portugueses. Eles produzem lá e a gente traz para vender aqui”, explica.
Entre as delícias lusitanas, o destaque é o pastel de Belém, também conhecido como pastel de nata, seguido do pastel de Santa Clara, preparado com creme de ovos e amêndoas. Ao todo, são cerca de 20 variedades de doces portugueses, que têm encantado os visitantes com os sabores típicos de Portugal.
Mas o sucesso da Mister Doceria vai além das receitas tradicionais. A família mantém uma linha completa de doces gourmet, com mais de 30 variedades, todas de produção própria.
“Nosso carro-chefe é a bala baiana, um doce caramelizado que faz sucesso. Também temos brigadeiros, beijinhos, leite ninho e muitos outros. A gente tem doces para todos os gostos”, destaca Mônia.
O perfume de açúcar e caramelo se mistura ao som da festa, criando uma atmosfera única. Mais do que um ponto de venda, o espaço representa o espírito da Marejada — a união entre tradição, família e sabor.
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