O Aeroporto Internacional de Navegantes lançou uma campanha de conscientização após registrar um aumento expressivo nos casos de lasers apontados para aeronaves durante pousos e decolagens. Até agosto de 2025, foram contabilizadas 27 ocorrências, número quase três vezes maior que a média anual registrada até 2024.
A iniciativa, realizada em parceria com a Polícia Federal, tem como objetivo alertar a população sobre os riscos e as consequências legais dessa prática perigosa, que pode ofuscar a visão dos pilotos, causar lesões oculares e colocar em risco a segurança dos voos.
“Queremos mostrar que o laser não é um brinquedo, mas uma ameaça à aviação e um crime previsto em lei”, destacou Wilson Rocha, gerente do Aeroporto de Navegantes.
O analista de segurança operacional Ricardo Ouriques reforçou que apontar laser para aviões é crime previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro, com pena de dois a cinco anos de prisão, podendo chegar a 12 anos se a ação resultar em acidente com vítimas.
A Polícia Federal acompanha as ocorrências e pode abrir investigações criminais sempre que houver registro de interferência nos voos.
Problema global
De acordo com especialistas em segurança aérea, o uso de lasers apontados contra aeronaves é um problema global que tem se intensificado nas últimas décadas. Mesmo dispositivos de baixa potência podem causar distração, ofuscamento e perda momentânea de visão, principalmente durante as fases mais críticas do voo — aproximação e pouso.
O Aeroporto de Navegantes reforça que ações de educação e conscientização da comunidade são fundamentais para evitar riscos à operação aérea e garantir a segurança de tripulantes e passageiros.
A campanha deve seguir até o fim do ano, com divulgação em escolas, mídias locais e redes sociais, além de apoio de órgãos de segurança e da aviação civil.
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