Músicas que conectam corações: a história de Júlia e sua mãe

Moradora de São Ludgero encontra na programação da MonteCarlo FM um elo afetivo com a mãe, falecida em fevereiro deste ano.

Leticia Matos

Publicado em: 14 de outubro de 2025

4 min.
Músicas que conectam corações a história de Júlia e sua mãe. - Foto: Imagem gerada por I.A.

Músicas que conectam corações a história de Júlia e sua mãe. - Foto: Imagem gerada por I.A.

A música tem o poder singular de atravessar o tempo e conectar corações. É o que vive a jovem Júlia Ascari, de 21 anos, servidora pública em São Ludgero. Desde pequena, ela e a mãe, Rosimeiri Martins, tinham o hábito de ouvir juntas a programação da MonteCarlo 107.9FM — rádio do Grupo SCTODODIA de Comunicação — repleta de clássicos da MPB, do blues e do pop internacional.

Em fevereiro deste ano, Rosimeiri faleceu, e a rotina musical ganhou um novo significado para a filha. “Por muito tempo eu não consegui ouvir nada, chorava. Mas agora estou voltando aos poucos, e cada música me traz ela de volta. Quando sintonizo a 107.9, sinto que ela está por perto”, conta Júlia.

Entre as lembranças mais marcantes, ela cita os momentos em que Rosimeiri dançava e cantava músicas de Ray Charles e Rod Stewart — especialmente “Baby Jane”, sucesso dos anos 80. “Ela colocava o rádio cedo e já começava a dançar. Era lindo ver a alegria dela”, relembra.

O vínculo de Júlia com a música é um exemplo do que os especialistas chamam de memória afetiva — a capacidade que sons e canções têm de acionar lembranças profundas e emoções adormecidas. Segundo o professor e pesquisador Mario Abel Bressan Júnior, doutor em Comunicação Social e pós-doutorando em Neurociência Cognitiva, “as músicas funcionam como uma máquina do tempo. Elas ativam regiões do cérebro ligadas à emoção, fazendo com que revivamos pessoas e momentos que marcaram nossa vida”.

Para ele, a música também pode ajudar no processo de luto. “Quando a lembrança faz bem, ela conforta e fortalece. É uma forma de manter viva a presença de quem partiu. O importante é respeitar o próprio tempo e permitir que as canções tragam boas memórias.”

Hoje, Júlia busca transformar a saudade em energia positiva. “Cante, dance e vibre. A música eleva o espírito. Mesmo nos dias ruins, não deixe a peteca cair”, aconselha.

A história de Júlia é uma entre tantas que mostram o papel da música em nossas vidas — e como o rádio, com suas ondas e emoções, continua sendo um companheiro fiel em todas as fases da vida.

MonteCarlo FM

Parte do Grupo SCTODODIA de Comunicação, a MonteCarlo FM é conhecida por valorizar a música de qualidade e as conexões humanas que ela desperta. “A rádio é feita por e para quem sente a música de verdade”, reforça a emissora.


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