Com o aumento dos casos de arboviroses em Santa Catarina, especialmente de dengue e chikungunya, o Governo do Estado iniciou uma ampla mobilização para conter o avanço das doenças. Neste ano, o estado já registrou 20 mortes por dengue e os primeiros óbitos por chikungunya, cenário que preocupa as autoridades com a chegada do período mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Entre os dias 27 de outubro e 8 de novembro, as Secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Educação (SED), em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (FECAM), realizam uma grande mobilização nas escolas públicas e privadas. O objetivo é engajar crianças, educadores e famílias em ações de prevenção e eliminação de criadouros do mosquito transmissor.
Mobilização nas escolas catarinenses
Durante o período da campanha, escolas de toda a rede — municipal, estadual e particular — desenvolverão atividades de conscientização e inspeção de ambientes, com foco na eliminação de locais com água parada. Cada município poderá adaptar as ações à sua realidade local.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, o trabalho conjunto entre Estado e municípios é essencial. “Nosso objetivo é unir esforços no enfrentamento à dengue. Vamos realizar uma mobilização nas escolas, incentivando as crianças a participarem ativamente da eliminação dos focos do mosquito”.
O presidente da FECAM e prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, destacou que o sucesso depende do envolvimento da população. “A dengue se combate no quintal de casa, e cada município tem um papel vital. A união de esforços é a chave para vencermos este desafio e proteger a saúde da população”.
Clima favorece o avanço do mosquito
O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), João Augusto Fuck, alertou que as condições climáticas e a circulação de um novo sorotipo da dengue aumentam o risco de transmissão e de casos graves. Ele reforçou a importância da prevenção e do monitoramento epidemiológico neste período.
Ações práticas de prevenção
Entre as medidas em destaque estão:
- Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI): técnica utilizada pelas secretarias municipais para controlar as larvas do mosquito.
- Inspeções nas escolas: checagem de calhas, caixas d’água e locais com acúmulo de água.
- Atividades educativas: palestras, oficinas e debates sobre sintomas, cuidados e prevenção.
Além disso, a vacinação contra a dengue segue disponível para adolescentes de 10 a 16 anos em 100 municípios das regiões Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí, Oeste, Alto Uruguai Catarinense e Foz do Rio Itajaí.
Educação como aliada
A Secretaria da Educação reforça que o tema da prevenção às arboviroses está inserido no Currículo Base do Território Catarinense, desde o Ensino Fundamental até o Médio, integrando a Educação Ambiental com foco em responsabilidade social e saúde pública.
Cuidados simples que fazem a diferença
Confira algumas ações que ajudam a eliminar os criadouros do mosquito:
- Elimine água acumulada em recipientes como pneus, tampas e garrafas.
- Não acumule materiais descartáveis sem uso.
- Trate piscinas com cloro ou mantenha-as vazias.
- Lave semanalmente os recipientes de água dos animais.
- Coloque areia nos pratinhos de plantas.
- Mantenha lixeiras tampadas e pneus em locais cobertos.
Com a mobilização integrada entre Estado, municípios e comunidade escolar, Santa Catarina busca reduzir os casos e salvar vidas, reforçando que o combate ao mosquito é uma tarefa coletiva e contínua.
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