Cão é vítima de violência sexual no Centro de Criciúma e recebe abrigo em ONG

Animal foi resgatado por voluntárias e passa bem

Maiquel Machado

Publicado em: 27 de outubro de 2025

5 min.

Caso de violência contra um cachorro no Centro de Criciúma provocou revolta em voluntários da causa animal e reacendeu o debate sobre segurança dos animais na cidade. O episódio, registrado no fim de semana, envolve um cão que apresentou sinais de abuso sexual e foi resgatado por integrantes de uma ONG de proteção animal, o caso foi apresentado no programa Fala Cidade, da Rádio Cidade em Dia.

Segundo a advogada e voluntária Rosane Machado de Andrade, o animal foi encontrado ferido em uma residência na região próxima à Rua João Pessoa, no Centro da cidade. O cão, batizado de Dudu, apresentava sangramento e foi levado imediatamente a uma clínica veterinária, onde o laudo confirmou a violência. “Infelizmente foi comprovado o abuso. Não importa o meio — o que importa é que houve uma agressão cruel contra um ser inocente”, afirmou Rosane.

O caso foi encaminhado à polícia, e um boletim de ocorrência será formalizado com base no laudo veterinário. “É importante registrar corretamente para que a denúncia seja tratada como crime, conforme prevê a Lei Federal 14.064/2020, que endurece as penas para maus-tratos contra cães e gatos”, explicou a voluntária.

Cão se recupera e será adotado

O cachorro já de recupera bem e será adotado pela mesma jovem que havia procurado a ONG para acolher outra cadela resgatada no local. Segundo Rosane, a adoção dupla simboliza uma nova chance de vida para os animais.

Outros casos de agressão no Centro

A ativista relatou ainda outros episódios recentes de violência contra cães em Criciúma, como agressões a pedradas e pauladas. “Estamos com três animais abrigados em hotel porque sofreram violência no Centro. As pessoas veem e não reagem, muitas por medo. Mas quem agride um animal é capaz de agredir uma pessoa também”, alertou.

Segurança em debate

O caso levantou questionamentos sobre a falta de policiamento na área Central e o retorno da Guarda Municipal. “Não é apenas sobre cães, é sobre segurança de todos. O Centro precisa de presença policial constante, especialmente à noite”, ressaltou Rosane.

Ela também defendeu mais capacitação das forças de segurança para lidar com situações que envolvam animais comunitários. “A polícia precisa entender que cães que vivem nas ruas também fazem parte da comunidade. Eles têm tutores informais que cuidam deles”, completou.

A investigação do caso segue em andamento. Entidades de proteção animal de Criciúma prometem acompanhar o processo e cobrar responsabilização dos envolvidos.

O portal SC Todo Dia deixa o espaço aberto para a réplica das autoridades mencionadas na matéria, caso tenham interesse em se manifestar sobre as situações denunciadas.

Confira abaixo a entrevista completa:

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