Em Santa Catarina, o trabalho tem se consolidado como uma das principais ferramentas de ressocialização para mulheres privadas de liberdade. Somente na Penitenciária Feminina de Criciúma, mais de oito toneladas de produtos de panificação e confeitaria são produzidas mensalmente pelas internas que participam de um convênio com o Estado.
Ao todo, mais de 600 mulheres em cumprimento de pena atuam em atividades laborais em seis unidades prisionais: Chapecó, Itajaí, Joinville, Criciúma, Florianópolis e Ituporanga. A iniciativa vai além da ocupação da rotina — representa uma oportunidade concreta de reconstrução da autoestima e de reintegração social.
Na unidade de Criciúma, 56 mulheres trabalham na fabricação de pães, salgados, pizzas e doces congelados. Toda a produção ocorre em um pavilhão industrial dentro do presídio, onde as internas participam de todas as etapas — do preparo à embalagem. Os produtos são comercializados em pontos externos, e o sucesso tem impulsionado a ampliação do projeto, que deve chegar a 102 participantes.
Segundo a secretária de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva, o trabalho tem um papel essencial no processo de ressocialização. “O trabalho é uma ferramenta transformadora. Ele oferece não apenas ocupação, mas oportunidade real de reconstrução da vida. Cada dia produtivo é um passo a mais na reintegração social dessas mulheres”, afirma.
Além da remição de pena, as participantes recebem capacitação profissional e desenvolvem habilidades valorizadas pelo mercado, como disciplina, foco e responsabilidade. Em outras unidades, há projetos de costura, montagem de kits, artesanato e serviços administrativos, em parceria com empresas e instituições locais.
Em Chapecó, 127 internas atuam em malharias, enquanto em Joinville e Florianópolis as atividades se concentram em cozinhas e serviços de limpeza. Já em Ituporanga, 37 presas trabalham na produção têxtil e em atividades alimentares.
Mais do que um direito previsto na Lei de Execução Penal, o trabalho prisional tem se mostrado um divisor de águas na vida das participantes. Para muitas, representa a chance de recomeçar, longe do crime e com novas perspectivas de futuro.
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