A rotina de uma manhã de domingo (16) na orla do Centro Histórico de Laguna foi interrompida por um episódio trágico. Por volta das 10h, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender um caso de afogamento de uma mulher que teria caído nas águas da Lagoa Santo Antônio dos Anjos, próximo a um supermercado. A busca pela vítima era contra o tempo.
A resposta foi imediata. Viaturas terrestres e aquáticas foram encaminhadas para o local. Ao chegar, a confirmação sombria: a vítima ainda estava submersa. Em um ato de extrema prontidão, um mergulhador iniciou a busca em apneia – prendendo a respiração para vasculhar as águas escuras enquanto o reforço especializado do 8º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) era acionado.
O desfecho, no entanto, já era projetado pela fria matemática da asfixia. Após cerca de 20 minutos de submersão, o corpo da mulher de 41 anos, natural de Içara, foi localizado a apenas 5 metros do cais, a uma profundidade de 2,5 metros. Ela foi resgatada em grau 6 de afogamento – o mais severo, indicando parada cardiorrespiratória irreversível.
No asfalto, às margens da lagoa, iniciou-se uma batalha pela vida. Os socorristas aplicaram, incansavelmente, sete ciclos completos de reanimação cardiopulmonar. O torso da vítima comprimido repetidas vezes numa tentativa última de reacender uma centelha de vida. Os esforços, porém, não foram capazes de reverter a fatalidade.
A vítima foi transportada em regime de suporte avançado para o Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos, onde o óbito foi oficialmente declarado. De acordo com relatos de testemunhas no local, a vítima era moradora de rua e estava alcoolizada no momento em que decidiu entrar na água para se banhar. Uma sucessão de vulnerabilidades sociais que terminou em um resgate fúnebre, a poucos metros do cais.
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