O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta quinta-feira (20), que a redução parcial das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros não decorre de articulação diplomática do governo brasileiro. Segundo ele, a medida anunciada pela Casa Branca atende exclusivamente a interesses internos da administração de Donald Trump, especialmente relacionados ao controle da inflação nos EUA.
De acordo com o parlamentar, o movimento faz parte de uma estratégia eleitoral. Em texto publicado na rede X, ele afirmou que Trump busca “entregar resultados rápidos” para que a população perceba recuo na inflação antes das eleições norte-americanas.
Crítica ao ministro Alexandre de Moraes
Eduardo Bolsonaro também atribuiu a tarifa adicional de 50% ainda aplicada sobre grande parte das exportações brasileiras ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele classificou a cobrança como “tarifa-Moraes” e alegou que a medida seria consequência de uma suposta “crise institucional” causada pelo magistrado, argumento que não é reconhecido oficialmente pelos EUA.
Segundo o deputado, ações do ministro teriam afetado a confiança internacional no Brasil — motivo pelo qual parte dos produtos permanece sujeita à taxação elevada.
Decisão dos EUA zera tarifa para parte dos produtos agrícolas
A ordem executiva assinada por Donald Trump nesta quinta-feira (20) retirou a cobrança de 40% aplicada a alguns produtos agrícolas brasileiros. Entre os itens que tiveram a tarifa zerada estão:
- carne bovina (fresca, resfriada ou congelada);
- frutas, vegetais, raízes e tubérculos;
- coco, banana, abacaxi e laranja;
- suco de laranja e outros sucos cítricos;
- café, chá e especiarias;
- cacau e derivados;
- fertilizantes.
A medida vale para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. No dia 14, o governo norte-americano já havia anunciado a retirada de tarifas globais de 10%, mas alguns setores brasileiros permaneciam com cobrança de 40%.
Segundo o documento publicado pela Casa Branca, houve “progresso inicial” nas negociações conduzidas após conversa telefônica entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de outubro.
Setores que continuam sob tarifa adicional
Produtos que não integram a lista de exclusão permanecem sujeitos à alíquota extra de 40%. Entre eles estão:
- máquinas e implementos agrícolas;
- veículos e autopeças;
- aço e derivados siderúrgicos;
- produtos químicos específicos;
- têxteis e calçados.
A lista completa divulgada pelo governo norte-americano inclui ainda diversos minérios, óleos minerais e itens voltados ao setor aeronáutico.
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