Eduardo Bolsonaro afirma que redução de tarifas dos EUA não teve influência do Itamaraty

De acordo com o parlamentar, o movimento faz parte de uma estratégia eleitoral.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 21 de novembro de 2025

4 min.
Eduardo Bolsonaro afirma que redução de tarifas dos EUA não teve influência do Itamaraty. Foto: Divulgação

Eduardo Bolsonaro afirma que redução de tarifas dos EUA não teve influência do Itamaraty. Foto: Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta quinta-feira (20), que a redução parcial das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros não decorre de articulação diplomática do governo brasileiro. Segundo ele, a medida anunciada pela Casa Branca atende exclusivamente a interesses internos da administração de Donald Trump, especialmente relacionados ao controle da inflação nos EUA.

De acordo com o parlamentar, o movimento faz parte de uma estratégia eleitoral. Em texto publicado na rede X, ele afirmou que Trump busca “entregar resultados rápidos” para que a população perceba recuo na inflação antes das eleições norte-americanas.

Crítica ao ministro Alexandre de Moraes

Eduardo Bolsonaro também atribuiu a tarifa adicional de 50% ainda aplicada sobre grande parte das exportações brasileiras ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele classificou a cobrança como “tarifa-Moraes” e alegou que a medida seria consequência de uma suposta “crise institucional” causada pelo magistrado, argumento que não é reconhecido oficialmente pelos EUA.

Segundo o deputado, ações do ministro teriam afetado a confiança internacional no Brasil — motivo pelo qual parte dos produtos permanece sujeita à taxação elevada.

Decisão dos EUA zera tarifa para parte dos produtos agrícolas

A ordem executiva assinada por Donald Trump nesta quinta-feira (20) retirou a cobrança de 40% aplicada a alguns produtos agrícolas brasileiros. Entre os itens que tiveram a tarifa zerada estão:

  • carne bovina (fresca, resfriada ou congelada);
  • frutas, vegetais, raízes e tubérculos;
  • coco, banana, abacaxi e laranja;
  • suco de laranja e outros sucos cítricos;
  • café, chá e especiarias;
  • cacau e derivados;
  • fertilizantes.

A medida vale para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. No dia 14, o governo norte-americano já havia anunciado a retirada de tarifas globais de 10%, mas alguns setores brasileiros permaneciam com cobrança de 40%.

Segundo o documento publicado pela Casa Branca, houve “progresso inicial” nas negociações conduzidas após conversa telefônica entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de outubro.

Setores que continuam sob tarifa adicional

Produtos que não integram a lista de exclusão permanecem sujeitos à alíquota extra de 40%. Entre eles estão:

  • máquinas e implementos agrícolas;
  • veículos e autopeças;
  • aço e derivados siderúrgicos;
  • produtos químicos específicos;
  • têxteis e calçados.

A lista completa divulgada pelo governo norte-americano inclui ainda diversos minérios, óleos minerais e itens voltados ao setor aeronáutico.


FIQUE BEM INFORMADO:

Fique por dentro do que acontece em Santa Catarina!
Entre agora no nosso canal no WhatsApp e receba as principais notícias direto no seu celular.
👉 Clique aqui e acompanhe.



× SCTODODIA Rádios