A última discussão de um casal separado terminou em tragédia em Itajaí, na tarde desta sexta-feira (21), quando por volta das 14h, no bairro Espinheiros, dois estampidos ecoaram dentro de uma casa do Portal II, no momento em que a filha do casal, de 19 anos, retornou ao lar – de onde havia saído a pedido do pai para “conversar” com a mãe –, encontrou a cena que vai ficar marcada em sua memória para sempre: os corpos de seus pais, caídos em uma poça de sangue, vítimas de um feminicídio seguido de suicídio.
A mulher, de 43 anos, foi atingida por um tiro na testa. O autor, seu ex-marido, de 57 anos – que não aceitava o fim do casamento –, virou contra a própria cabeça o revólver calibre .38, legalmente registrado em seu nome, e puxou o gatilho. A filha, única testemunha ocular da tragédia, havia presenciado as discussões dos pais, naturais de Guarani das Missões/RS, na noite anterior e novamente pela manhã.
Vizinhos confirmaram o histórico de conflitos e relataram o estranho silêncio que antecedeu os disparos. O caso expõe a face mais cruel da violência doméstica: o momento em que a rejeição se transforma em posse mortal, e a arma de fogo que deveria proteger, tira duas vidas e destrói uma terceira – a da jovem que voltava para sua residência e encontrou o pai como autor de um crime bárbaro e a mãe como vítima.
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