Na tarde desta terça-feira (25), parlamentares utilizaram a tribuna do Plenário Osni Régis, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), para repercutir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os discursos foram marcados por críticas à forma como o processo foi conduzido e por comparações com o período em que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso.
Lunelli (MDB) afirma que prisão foi “autoritária e ilegal”
O deputado Antídio Lunelli (MDB) declarou preocupação com o que classificou como condução irregular do processo. Segundo ele, a prisão do ex-presidente não seguiu o rito jurídico adotado em outros casos semelhantes.
“Estou profundamente preocupado com os rumos que o Brasil está seguindo. A prisão de ex-presidente é autoritária e ilegal. Impossível não compararmos o tratamento que o judiciário deu ao presidente Lula e dá ao Bolsonaro. Lula teve direito de defesa, julgamento completo, rito completo. Já Bolsonaro foi julgado direto na última instância, sem acesso às etapas que qualquer cidadão brasileiro tem direito”, afirmou.
Jessé Lopes (PL) diz que prisão reflete “medo do sistema”
O deputado Jessé Lopes (PL) reforçou críticas ao Judiciário e afirmou que a decisão judicial tem motivação política. Para ele, Bolsonaro não teve o mesmo direito de defesa observado no processo contra Lula.
“Mais uma semana triste para a democracia do Brasil. Prenderam o Bolsonaro simplesmente porque o sistema tem medo que ele volte à presidência. Lula teve três instâncias para se defender e Bolsonaro apenas uma. A mentira é barulhenta, mas é passageira. A verdade é silenciosa, mas é eterna”, disse.
Sargento Lima (PL) lamenta cenário político e critica atuação do STF
O deputado Sargento Lima (PL) também se manifestou, dizendo que o país vive um momento de anormalidade institucional. Em seu discurso, citou casos de violência e episódios de fraude que, segundo ele, não recebem resposta proporcional do sistema de Justiça.
“Passamos da fase da revolta para a fase da tristeza e vergonha. O Brasil não está normal. É inadmissível vermos as fraudes acontecendo e ninguém sendo preso. Os bandidos não têm medo da Justiça; quem tem medo são os políticos que ousam ser contrários ao STF”, afirmou.
As declarações reforçam o clima de tensão política em torno do caso e evidenciam divergências sobre o papel das instituições no processo judicial envolvendo o ex-presidente.
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