A CBF apresentou nesta quarta-feira (26), durante o Summit CBF Academy, em São Paulo, o Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), considerado o primeiro modelo de Fair Play Financeiro do futebol brasileiro. Construído em conjunto com clubes e federações, o sistema estabelece limites para dívidas, gastos com elenco, endividamento e equilíbrio operacional. A implantação será gradual a partir de 2026.
O modelo será fiscalizado pela Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF), órgão independente criado exclusivamente para monitorar, julgar e aplicar sanções.
Os quatro pilares do novo sistema
O SSF segue padrões de ligas como Inglaterra, França, Espanha e UEFA e é estruturado em quatro eixos:
- Controle de dívidas em atraso
- Equilíbrio operacional
- Controle de custos com elenco
- Capacidade de endividamento de curto prazo
Uma adaptação importante à realidade brasileira é a ausência de limite para aportes de capital, medida pensada para não restringir investimentos em clubes que adotam o modelo de SAF ou recebem recursos estrangeiros.
O que muda para os clubes
- Dívidas em atraso: fiscalização três vezes ao ano; dívidas anteriores a 2026 devem ser regularizadas até novembro de 2026.
- Equilíbrio operacional: exigência de superávit operacional no ciclo trienal; limites específicos para déficit na Série A e B.
- Custos de elenco: limite de 70% a 80% da soma de receitas, transferências e aportes, com implantação total em 2028.
- Endividamento de curto prazo: limite definitivo de 45% das receitas a partir de 2030.
Casos de insolvência poderão resultar em congelamento de folha salarial e restrições em janelas de transferência.
Avaliações e governança
O presidente da CBF, Samir Xaud, celebrou a criação do sistema, destacando que o objetivo é promover justiça financeira, proteção ao esporte e mais segurança para atletas e torcedores. O vice-presidente e coordenador do grupo de trabalho, Ricardo Gluck Paul, classificou o modelo como um marco histórico para o futebol nacional.
A ANRESF será composta por sete diretores e poderá aplicar sanções que variam de advertências e multas até retenção de receitas, transfer ban, perda de pontos e rebaixamento.
O novo sistema deve transformar o ambiente financeiro do futebol brasileiro e garantir maior competitividade e responsabilidade na gestão dos clubes.
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