O que tem a ver o Custo Brasil com o nosso dia a dia e as eleições?

Entenda por que a burocracia, os tributos e a ineficiência nacional encarecem produtos e reforçam a importância das escolhas eleitorais.

Joice Quadros

Publicado em: 27 de novembro de 2025

4 min.
O que tem a ver o Custo Brasil com o nosso dia a dia e as eleições. - Foto: Gerada por I.A.

O que tem a ver o Custo Brasil com o nosso dia a dia e as eleições. - Foto: Gerada por I.A.

Sempre que aparece na televisão alguém mostrando “números da economia”, dá para contar nos dedos quem assiste. Aqueles gráficos que sobem e descem e aquelas palavras difíceis fogem ao nosso entendimento cotidiano, e deixamos o assunto “para quem entende”. Esse fato não deixa de ser verdade e é, sim, necessário muito estudo para se obter certa compreensão sobre esses temas.

O que nos importa saber é quanto ganhamos, quanto gastamos e para onde vai o nosso dinheiro. Esse é o nosso limite de compreensão sobre o tema, mas o que não pode fugir ao nosso entendimento é que não é o padeiro, o dono do mercado ou da fruteira que estabelecem os preços que pagamos pelas mercadorias. Até pode existir certa concorrência, mas apenas entre preços de produtos iguais ou semelhantes.

Os preços são definidos por uma infinidade de fatores, e só quem estuda muito consegue entender e trabalhar com esses números. É aqui que entra o Custo Brasil.

O preço do pão

Cerca de R$ 1,7 trilhão são perdidos por ano no Brasil com burocracia, infraestrutura precária, sistema tributário complexo e gargalos que afetam tanto as empresas quanto os consumidores do pãozinho do bar da esquina, segundo dados do Observatório Custo Brasil (OCB), elaborados pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC). Esse dinheiro perdido está embutido no aumento dos preços.

Quem calcula os preços

Tudo o que consumimos passa pelas mãos da indústria, do comércio e dos prestadores de serviços, que calculam os preços. Não pela “vontade” deles, mas de acordo com esse R$ 1,7 trilhão perdido que não se sabe onde vai parar.

O que sustentamos

Vale lembrar que quem produz alguma coisa são as empresas — seja a indústria, o comércio ou o prestador de serviços — que pagam tributos. Esses tributos sustentam a classe política, os governos, a polícia, os bombeiros, os juízes, os tribunais, o Exército, os funcionários públicos, entre outros.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 70% dos empresários dizem que a carga tributária é o principal problema (burocracia). Outros citam a falta de mão de obra qualificada (qualidade de ensino) e os juros altos.

Eleições 2026

Já que nós, povo, entendemos muito pouco, ou quase nada, de economia, mas sabemos o peso do preço do pãozinho no nosso orçamento, e sabemos que quem estipula preço são os que dirigem a economia de um país, mais do que nunca precisamos estar muito bem conectados e atentos às eleições de 2026.

É a nossa oportunidade de eleger quem entende do assunto para nos governar.



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