Homem é condenado por articular homicídio em troca de perdão de dívida em Criciúma

Tribunal do Júri condena homem que organizou homicídio em 2014 em troca do perdão de dívida de R$ 100 mil.

Leticia Matos

Publicado em: 28 de novembro de 2025

4 min.
Homem é condenado por articular homicídio em troca de perdão de dívida em Criciúma. - Foto: Divulgação/MPSC

Homem é condenado por articular homicídio em troca de perdão de dívida em Criciúma. - Foto: Divulgação/MPSC

O Tribunal do Júri da Comarca de Criciúma condenou um homem acusado de organizar o homicídio de Reni Carlos, ocorrido em fevereiro de 2014. O crime foi cometido a mando da esposa da vítima, e segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu assumiu papel central na articulação do assassinato em troca do perdão de uma dívida de aproximadamente R$ 100 mil. A pena foi fixada em 16 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão, em regime inicial fechado.

Como o crime foi planejado e executado

De acordo com a denúncia, o réu identificou a insatisfação conjugal da esposa de Reni e soube da intenção dela de matar o marido. Endividado com a vítima, ofereceu-se para colaborar com o homicídio em troca do fim da dívida.
O homem então contratou um terceiro indivíduo, que recebeu R$ 1.500 para executar o crime. Em 22 de fevereiro de 2014, a vítima estava em seu sítio quando foi chamada até a varanda por um motociclista, que efetuou quatro disparos.

Condenações anteriores dos outros envolvidos

Os outros dois participantes do crime já haviam sido julgados e condenados em setembro:

  • A esposa da vítima recebeu pena de 19 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão;
  • O executor foi condenado a 16 anos, 9 meses e 18 dias.

As condenações foram fundamentadas em depoimentos, mensagens e ligações que comprovam a participação de todos.

Ausência no julgamento e mandado de prisão

Como o réu não compareceu ao julgamento desta quinta-feira (27), o Tribunal determinou a expedição de mandado de prisão.

Repercussão e manifestação dos familiares

Familiares e amigos de Reni acompanharam o julgamento no Fórum de Criciúma e realizaram manifestações em frente ao prédio. Com cartazes e camisetas, pediram justiça e relembraram a longa espera pelo desfecho do caso.

A Promotora de Justiça Mayara Loebmann Perez destacou que a decisão encerra judicialmente um processo aguardado há mais de uma década e reafirma a responsabilidade dos envolvidos.


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