Operação prende em SC operador financeiro de esquema internacional que usava a imagem de “The Rock”

Polícia Civil prende em Santa Catarina suspeito de operar golpes digitais que usavam perfis falsos do ator “The Rock”

Vitor Wolff

Publicado em: 4 de dezembro de 2025

4 min.
Operação prende em SC operador financeiro de esquema internacional que usava a imagem de “The Rock” - Foto: Reprodução

Operação prende em SC operador financeiro de esquema internacional que usava a imagem de “The Rock” - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 8ª Delegacia de Polícia, deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) a Operação The Rock, que resultou na prisão preventiva de um homem de 32 anos, natural do Benim e residente em Santa Catarina. Ele é apontado como operador financeiro no Brasil de uma organização criminosa internacional especializada em estelionato eletrônico.

As investigações, iniciadas em setembro de 2025, indicaram que o grupo atuava de maneira estruturada e transnacional. A análise de dados telemáticos revelou que os acessos às contas usadas nos golpes eram feitos a partir de um país africano, conforme identificado pelos endereços IP. No Brasil, o investigado exercia funções de intermediação financeira e logística, movimentando valores via PIX e dando suporte ao núcleo estrangeiro.

Golpe usava perfis falsos do ator Dwayne Johnson

O esquema utilizava engenharia social avançada para atrair vítimas. Os criminosos criavam perfis falsos que se passavam pelo ator norte-americano Dwayne Johnson, conhecido como “The Rock”. Após conquistar a confiança das vítimas, o grupo alegava que elas teriam sido contempladas com um prêmio internacional de 800 mil euros.

Para reforçar a farsa, enviavam documentos falsificados, fotos de pacotes lacrados, mensagens em inglês e supostos comprovantes de entrega. Em seguida, exigiam pagamentos referentes a taxas e liberações aduaneiras, sempre transferidos via PIX para contas controladas pelo investigado no Brasil.

Entre os casos identificados, uma vítima de Brasília teve prejuízo de R$ 11,6 mil. Outra, de Minas Gerais, perdeu cerca de R$ 80 mil. A Polícia Civil acredita que existam mais vítimas, que devem ser identificadas após a perícia dos equipamentos apreendidos.

Mandados cumpridos em Florianópolis e Itajaí

A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão — um em Florianópolis e outro em Itajaí — além da prisão preventiva e do bloqueio judicial de valores. As ações contaram com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. Foram apreendidos celulares e dispositivos eletrônicos que serão periciados para aprofundar a investigação e identificar outros integrantes da organização criminosa.

O preso responderá por estelionato eletrônico, crime previsto no art. 171, §2º-A do Código Penal, com pena de quatro a oito anos de reclusão, além de multa.

A Polícia Civil destacou que a operação reforça o combate a grupos internacionais que utilizam tecnologia e artifícios de engenharia social para aplicar golpes contra cidadãos brasileiros.


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