A Organização Meteorológica Mundial informou que há 55% de probabilidade de formação de um episódio fraco de La Niña, com efeitos previstos nos padrões climáticos e meteorológicos entre dezembro e fevereiro. O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira, em Genebra.
O que é a La Niña e como ela impacta o clima
A La Niña ocorre quando há um resfriamento em larga escala das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental. Esse processo altera a circulação atmosférica tropical, modificando ventos, pressão e precipitação em diversas regiões do planeta. Embora tenha efeito temporário de resfriamento nas temperaturas médias globais, o fenômeno não impede que muitas áreas registrem calor acima da média ao longo do verão no Hemisfério Sul.
Indicadores de meados de novembro mostram condições consideradas “limítrofes” para a instalação do fenômeno, segundo os Centros Globais de Produção de Previsão Sazonal da OMM.
Quando o fenômeno deve perder força
As projeções indicam que, entre janeiro e abril, o clima deve retornar à neutralidade — fase em que não há influência significativa da La Niña ou do El Niño. A probabilidade de condições neutras aumenta de 65% para 75% nesse período. Já a chance de um novo episódio de El Niño é considerada baixa.
Importância das previsões para setores sensíveis ao clima
A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, destacou que as atualizações sobre os dois fenômenos são fundamentais para o planejamento de áreas como agricultura, energia, saúde e transporte. Segundo ela, esse tipo de previsão compõe um conjunto de informações estratégicas que ajuda a reduzir prejuízos e salvar vidas.
Os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais acompanharão a evolução do fenômeno para subsidiar decisões de governos e instituições.
Eventos climáticos extremos em um planeta em aquecimento
A OMM reforça que episódios de La Niña e El Niño ocorrem em um cenário mais amplo de mudanças climáticas induzidas por atividades humanas. O aquecimento global aumenta a frequência e a intensidade de eventos extremos — como estiagens, enchentes e ondas de calor — e altera padrões típicos de chuva e temperatura.
Entre dezembro e fevereiro, a expectativa é de que grande parte do Hemisfério Norte e extensas áreas do Hemisfério Sul registrem temperaturas acima do normal. A distribuição das chuvas deve seguir o comportamento típico de uma La Niña de fraca intensidade.
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