A Organização das Nações Unidas deu início a uma campanha internacional de observação do cometa interestelar 3I/ATLAS. O monitoramento começou no último dia 27 e será conduzido durante dois meses pela Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN). A ação envolve cientistas de diversos países e busca ampliar o entendimento sobre objetos que atravessam o Sistema Solar.
O exercício não representa risco para a Terra. Segundo a ONU, o 3I/ATLAS está em trajetória de passagem e não oferece ameaça ao planeta. No entanto, sua longa visibilidade e a origem interestelar tornam o evento uma oportunidade importante para testar protocolos globais de monitoramento e aperfeiçoar técnicas de rastreamento.
Treinamento internacional e objetivos da campanha
A iniciativa é o oitavo exercício de observação promovido pela IAWN desde 2017. Esses treinamentos ocorrem, em média, uma vez por ano e permitem que pesquisadores testem métodos para medir a posição de objetos celestes, especialmente cometas, que se apresentam como manchas difusas nos telescópios.
Embora o 3I/ATLAS tenha sido identificado apenas em julho de 2025, a campanha já estava programada desde o ano anterior. A IAWN pretendia aplicar protocolos específicos para objetos interestelares, que exigem ajustes mais refinados do que aqueles utilizados no monitoramento de asteroides.
NASA encerra rumores sobre possível origem alienígena
A confirmação da campanha coincidiu com o encerramento de boatos nas redes sociais sobre uma suposta origem alienígena do cometa. A NASA divulgou imagens produzidas por três espaçonaves em Marte, registradas a cerca de 18 milhões de milhas de distância, que evidenciaram características típicas de cometas.
O diretor Amit Kshatriya reforçou que, apesar do desejo científico de encontrar sinais de vida fora da Terra, o 3I/ATLAS não é uma nave, mas um cometa. As declarações surgiram após semanas de especulações, que ganharam força nas redes sociais e chegaram a envolver celebridades internacionais.
Imagens amadoras reforçam características incomuns
Apesar da confirmação oficial, algumas interpretações continuam gerando debate. O professor de Harvard Avi Loeb divulgou imagens captadas por astrônomos amadores entre 22 e 24 de novembro, mostrando a coma brilhante do cometa e uma cauda incomum voltada para o Sol.
Entre os registros, há fotos produzidas por observadores do Japão, Espanha, Chile e Canadá com telescópios domésticos. Uma delas, feita pelo astrônomo Mitsunori Tsumura, destaca o brilho esverdeado do núcleo e uma longa estrutura identificada como “anti-cauda”. Outra imagem, registrada na Espanha com um equipamento de 12,4 polegadas, reforça o formato peculiar do visitante interestelar.
O registro mais detalhado até o momento foi produzido pelo canadense Paul Craggs, que fotografou a passagem do 3I/ATLAS pelo céu norte-americano em 21 de novembro. As imagens, embora não alterem a classificação do objeto, reforçam o interesse da comunidade científica em compreender suas características e seu comportamento enquanto atravessa o Sistema Solar.
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