O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que pretende lançar o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026. A informação foi confirmada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e ocorre em meio a um momento de tensão dentro da direita e da própria família Bolsonaro.
Indicação ocorre durante período de visitas na PF
Preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, Bolsonaro tem recebido apenas familiares próximos — entre eles Flávio, Carlos e Jair Renan — além da esposa, Michelle Bolsonaro, e da filha Laura. Visitas de advogados e médicos também são permitidas mediante autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Durante uma dessas visitas, Bolsonaro teria comunicado a Flávio que ele seria seu nome para disputar a Presidência em 2026, concorrendo diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve buscar a reeleição.
Resistências dentro da família e da direita
A escolha do ex-presidente não foi bem recebida por todos. Aliados de Michelle Bolsonaro rejeitaram a sinalização, e a própria ex-primeira-dama tornou-se um dos principais polos de tensão dentro do PL. A indicação de Flávio também provocou incômodo entre filhos do ex-presidente e lideranças tradicionais do partido.
Crise no clã Bolsonaro se intensifica
A divergência interna ganhou força após o diretório do PL no Ceará declarar apoio a uma eventual candidatura de Ciro Gomes (PSDB). A decisão gerou reação imediata de Michelle Bolsonaro, que criticou publicamente o movimento.
As declarações da ex-primeira-dama desagradaram aos filhos de Jair Bolsonaro, que se posicionaram contra ela, ampliando o desgaste interno. Diante da repercussão negativa, o PL suspendeu o apoio a Ciro Gomes após reunião realizada na última terça-feira (2).
Cenário de incertezas para 2026
A disputa pela definição do nome que representará o bolsonarismo nas eleições de 2026 permanece aberta. Enquanto Flávio Bolsonaro ganha protagonismo pela indicação paterna, resistências internas e a crise familiar colocam dúvidas sobre a coesão do grupo político.
A definição do candidato poderá influenciar diretamente o equilíbrio interno da direita e o desenho das alianças do PL para o próximo pleito presidencial.
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