O uso de suplementos de melatonina cresceu nos últimos anos entre pessoas que buscam regular o sono. Porém, pesquisas deste ano acendem um alerta: o consumo contínuo e sem orientação médica pode trazer riscos importantes ao sistema cardiovascular, incluindo o desenvolvimento de insuficiência cardíaca.
Profissionais de saúde têm observado aumento de relatos de reações adversas, sobretudo entre idosos e pessoas com histórico de doenças cardíacas. O cenário reforça a necessidade de acompanhamento médico antes de iniciar a suplementação.
O que é a melatonina e para que serve
A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, no cérebro, responsável por regular o ciclo sono-vigília. Quando escurece, o organismo aumenta naturalmente sua produção, induzindo o sono.
A versão sintética ganhou popularidade como alternativa para tratar insônia, jet lag e outros distúrbios do sono. Entretanto, o uso contínuo pode alterar o equilíbrio hormonal natural, provocando respostas biológicas inesperadas.
Riscos associados aos suplementos de melatonina
Pesquisas recentes identificam potenciais efeitos negativos sobre o sistema cardiovascular, especialmente quando o suplemento é consumido em doses elevadas ou por longos períodos. Entre os principais riscos apontados estão:
- Insuficiência cardíaca: Há associação entre uso prolongado e desenvolvimento ou agravamento do quadro cardíaco.
- Interferência em ritmos biológicos: O excesso de hormônio pode afetar o funcionamento cardiovascular.
- Interações medicamentosas: Misturar melatonina com fármacos usados em tratamentos cardíacos pode gerar efeitos perigosos.
- Hipertensão: O uso conjunto com determinados remédios pode elevar a pressão arterial.
- Arritmias: Doses inadequadas favorecem irregularidades nos batimentos.
- Retenção de líquidos: Fator que reforça riscos em pessoas predispostas a doenças cardíacas.
- Outros sintomas adversos: Tontura, náuseas, dores de cabeça e fadiga durante o dia são relatos frequentes.
Como prevenir complicações cardíacas no uso da melatonina
Para reduzir riscos, especialistas recomendam:
- Consulta prévia com cardiologista ou médico do sono antes de iniciar a suplementação.
- Avaliação individualizada, considerando idade, histórico de doenças e uso de medicamentos.
- Monitoramento constante de sinais de efeitos adversos, com suspensão imediata em caso de alterações cardíacas.
- Evitar automedicação, especialmente em uso prolongado.
- Priorizar medidas comportamentais, como higiene do sono, rotina regular e controle do estresse.
- Utilizar suplementos apenas quando outras alternativas não forem suficientes.
Por que a orientação médica é indispensável
A supervisão profissional permite identificar riscos antes que eles se tornem problemas graves. Pessoas com insuficiência cardíaca, hipertensão descontrolada ou que fazem uso contínuo de medicamentos devem redobrar a atenção.
A automedicação pode mascarar sintomas que precisam de investigação adequada, dificultando o diagnóstico de doenças cardíacas. Enquanto avançam os estudos sobre os impactos da melatonina no organismo, a recomendação central permanece: uso sempre orientado por especialista.
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