Motorista vira réu por tentar matar ex-companheira atropelada na Marginal Tietê

Segundo o promotor de Justiça Leonardo Sobreira Spina, Douglas agiu de forma cruel e por motivo torpe ao avançar deliberadamente o carro contra as vítimas.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 12 de dezembro de 2025

5 min.
Motorista vira réu por tentar matar ex-companheira atropelada na Marginal Tietê. Foto: Divulgação/CNN Brasil

Motorista vira réu por tentar matar ex-companheira atropelada na Marginal Tietê. Foto: Divulgação/CNN Brasil

Douglas Alves da Silva, de 26 anos, tornou-se réu por tentativas de feminicídio e homicídio após atropelar e arrastar uma mulher por mais de um quilômetro na Marginal Tietê, em São Paulo. A decisão foi tomada pela Justiça paulista após o recebimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

O acusado foi transferido na última segunda-feira (8) para o sistema prisional e deu entrada no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. A denúncia foi acolhida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital na quarta-feira (10).

Denúncia aponta crueldade e motivo torpe

Segundo o promotor de Justiça Leonardo Sobreira Spina, Douglas agiu de forma cruel e por motivo torpe ao avançar deliberadamente o carro contra as vítimas. No momento do crime, a mulher caminhava pela via acompanhada de um homem quando foi atingida pelo veículo.

De acordo com o Ministério Público, a vítima foi atropelada, teve o corpo arrastado por mais de um quilômetro e sofreu ferimentos gravíssimos. Após o ataque, a mulher passou por quatro cirurgias e precisou amputar as duas pernas abaixo da linha do joelho.

As investigações indicaram que há provas suficientes para sustentar as acusações, além de risco à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal caso o réu fosse colocado em liberdade.

Prisão preventiva é mantida

A Justiça manteve a prisão cautelar de Douglas Alves da Silva. Na decisão, o magistrado destacou que a gravidade concreta dos fatos, o comportamento do acusado após o crime e a necessidade de proteger vítimas e testemunhas justificam a continuidade da custódia.

“O contexto do crime demonstra extrema violência e desprezo pela vida humana”, aponta trecho da decisão judicial.

Vídeos registraram o atropelamento

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima caminhava pela rua com um homem. Cerca de 30 segundos após sair do campo de visão da câmera, o veículo surge e atinge a mulher violentamente.

Um segundo vídeo, gravado por um motorista que trafegava pela Marginal Tietê, mostra a vítima sendo arrastada por uma longa distância. As imagens reforçaram as suspeitas de que o ato foi intencional.

A mulher, de 31 anos, foi socorrida em estado grave e encaminhada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli. Mãe de dois filhos, ela precisou ser entubada e recebeu transfusão de sangue devido à gravidade dos ferimentos.

Prisão do suspeito

Douglas foi preso um dia após o crime. Ele era procurado por tentativa de feminicídio e foi localizado em um hotel na Vila Prudente, na zona Leste da capital paulista.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), durante a abordagem policial, o suspeito resistiu à prisão, investiu contra um agente e tentou tomar a arma de fogo de um policial. Durante a ação, um investigador efetuou um disparo que atingiu o braço do acusado.

Após receber atendimento médico no Hospital Municipal Vila Alpina, Douglas foi encaminhado à 4ª Seccional do Cerco, na zona norte da cidade, e posteriormente transferido ao sistema prisional.


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