Com a chegada do fim do ano, os preparativos para a ceia de Natal exigem atenção redobrada ao orçamento. Um levantamento da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados, aponta que os itens tradicionais da ceia ficaram até 65,3% mais caros em um ano. O estudo analisou a variação de preços de 20 produtos e categorias entre outubro de 2024 e outubro de 2025, período em que 14 itens registraram aumento.
Aves natalinas e frutos secos lideram altas
Entre os produtos que mais pesaram no bolso dos consumidores estão as aves natalinas e os frutos secos. Segundo Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos da Neogrid, o encarecimento está diretamente ligado à queda na produção nacional, às enchentes no Rio Grande do Sul e ao forte direcionamento da produção para exportação.
No caso das castanhas e amêndoas, a alta é explicada pela quebra de safra provocada pela seca extrema e pelos efeitos do fenômeno El Niño. Mesmo com alternativas mais acessíveis, como o pernil suíno — que apresentou redução de 12,6% no período —, a expectativa é de um Natal mais caro.
“A tendência é ter um Natal mais caro, influenciado principalmente por clima adverso, dólar alto e dinâmica de exportação aquecida”, avalia a especialista.
Cesta natalina sobe menos, mas consumo deve crescer
Apesar das altas expressivas em alguns itens, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) calcula que a cesta de produtos natalinos está, em média, 3,5% mais cara do que no ano passado. Ainda assim, a entidade projeta crescimento de cerca de 15% no consumo das famílias durante o período de festas.
Estratégias para manter a ceia sem desequilibrar o orçamento
Para não abrir mão da ceia de Natal e evitar endividamento, o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, recomenda planejamento e pesquisa. Definir o número de convidados e listar todos os gastos previstos são passos fundamentais.
Ele destaca que adaptações no cardápio podem reduzir custos sem comprometer o clima da celebração. “Trocar alimentos caros por opções nacionais e sazonais e valorizar receitas regionais pode manter a magia do Natal, respeitando o orçamento”, orienta.
Segundo o especialista, estabelecer limites de gastos por pessoa ou categoria ajuda a evitar exageros e a começar 2026 com as finanças sob controle.
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