América Latina: o cemitério das ideias mortas

Por que ideias já fracassadas continuam a ganhar força política no continente.

Kaue Locks

Publicado em: 15 de dezembro de 2025

4 min.
América Latina o cemitério das ideias mortas. - Foto: Gerada por I.A.

América Latina o cemitério das ideias mortas. - Foto: Gerada por I.A.

A frase “a América Latina é o cemitério das ideias mortas” é uma das que mais descrevem politicamente o nosso continente ao longo dos anos. Praticamente toda ideia que já foi testada, refutada e invalidada no mundo ainda surge com certa força por aqui. Governos populistas, ditadores que parecem ter saído de um desenho animado, jovens socialistas cabeludos que pregam que um Estado grande é a solução, assistencialismo desenfreado e idolatria a assassinos como Che Guevara e Fidel Castro são exemplos que já deveriam ter sido expurgados da nossa cultura há muito tempo.

Desde bem antes da Guerra Fria, os países latino-americanos têm se metido em diversos golpes de Estado, utilizando forças militares (e até paramilitares) para sequestrar o poder e imprimir ditaduras populistas com o único objetivo de perpetuar ditadores e seus amigos, para poderem continuar sugando os recursos, a vida e a liberdade da população. O pão e circo sempre estiveram no cerne desse tipo de aparelhamento estatal, mas o problema é quando começa a faltar o pão.

Políticas de controle de preços, gastos exorbitantes, diminuição do empreendedorismo, estrangulamento da liberdade de expressão e proibição da oposição são alguns itens do cardápio do fracasso que sempre fizemos por aqui. Isso sem falar, é claro, que tudo isso é para “defender a democracia e a soberania contra o imperialismo norte-americano”. Balela.

Assim, vemos ditaduras como as de Cuba e da Venezuela ficarem há décadas no poder, deixando mães na fila por 1 litro de leite no supermercado, pessoas fugindo do país a pé ou a nado e, além disso, sendo lenientes com o crime organizado, principalmente o narcotráfico.

Cansados desse tipo de promessa vazia, as últimas eleições no continente mostraram um caminho um pouco diferente para os próximos anos. Com a vitória da direita na Argentina, Paraguai, Bolívia, Equador e, ontem, no Chile, as pessoas querem novos rumos para as suas vidas e estão exaustas de verem seu patrimônio e suas vidas serem corroídos por práticas ultrapassadas que não nos levaram a lugar algum. Esperamos que essa onda de liberdade e da direita permaneça nos próximos anos e que possamos, em 2026, trazer boas práticas e novos ares para o Brasil.



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