Fux suspende parte de norma que barrava beneficiários do Bolsa Família em sites de apostas

A decisão tem efeito imediato e vale em todo o país.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 20 de dezembro de 2025

4 min.
Fux suspende parte de norma que barrava beneficiários do Bolsa Família em sites de apostas. Foto: Divulgação/Reuters

Fux suspende parte de norma que barrava beneficiários do Bolsa Família em sites de apostas. Foto: Divulgação/Reuters

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (19) suspender parcialmente a norma do Ministério da Fazenda que impedia beneficiários de programas sociais de manter cadastro em sites de apostas eletrônicas, conhecidas como bets. A decisão tem efeito imediato e vale em todo o país.

A medida atende a um pedido liminar apresentado pela Associação Nacional de Jogos e Loterias. Com isso, o ministro determinou o desbloqueio de contas que estavam ativas e a reativação daquelas que foram encerradas após a publicação da norma federal.

O que muda com a decisão do STF

A norma do Ministério da Fazenda havia proibido o cadastro de beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) nas plataformas de apostas. Com a decisão de Luiz Fux, a regra passa a ter aplicação limitada. Veja como fica:

  • Contas já existentes: ficam liberadas e devem ser reativadas, caso tenham sido bloqueadas.
  • Novos cadastros: continuam proibidos para beneficiários de programas sociais.

Na decisão, o ministro destacou o risco de prejuízos irreversíveis causados pela aplicação imediata da norma. “Considerando a iminência do recesso forense e o risco de irreversibilidade de atos concretos praticados sob a égide dos citados atos normativos, defiro parcialmente o pedido cautelar”, afirmou Fux.

Audiência de conciliação marcada

Além da decisão liminar, o ministro Luiz Fux determinou a realização de uma audiência de conciliação para o dia 10 de fevereiro de 2026. O objetivo é buscar um entendimento entre o governo federal e as entidades do setor de jogos e apostas sobre os limites da regulamentação.

Até que haja uma decisão definitiva do STF ou um acordo entre as partes, a norma do Ministério da Fazenda segue válida apenas para impedir a abertura de novas contas por beneficiários do Bolsa Família e do BPC, sem efeito retroativo sobre cadastros já existentes.


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