Usuários de redes sociais no estado de Nova York, nos Estados Unidos, passarão a receber alertas sobre possíveis impactos negativos à saúde mental ao utilizar determinadas funções das plataformas digitais. A medida, anunciada no fim desta semana pela governadora Kathy Hochul, tem como foco principal a proteção de crianças e adolescentes.
A exigência determina que advertências sejam exibidas sempre que o usuário interagir com recursos considerados potencialmente viciantes, como rolagem infinita, reprodução automática de vídeos e feeds organizados por algoritmos. O objetivo é ampliar a transparência e conscientizar o público sobre os riscos associados ao uso excessivo dessas ferramentas.
Alerta obrigatório em funções específicas
De acordo com o governo estadual, os avisos deverão aparecer de forma clara durante o uso de funcionalidades que estimulam o engajamento contínuo. A avaliação das autoridades é de que esses mecanismos contribuem para longos períodos de permanência nas plataformas, o que pode afetar o bem-estar emocional, especialmente entre jovens.
Aplicativos amplamente utilizados, como Instagram, Facebook e WhatsApp, estão entre os que poderão ser impactados pela nova regra, já que utilizam recursos baseados em algoritmos para organizar conteúdos e estimular a interação dos usuários.
Prioridade é a saúde mental de jovens
Ao comentar a iniciativa, Kathy Hochul afirmou que a segurança da população é uma de suas principais prioridades desde o início do mandato. Segundo a governadora, isso inclui a adoção de medidas para reduzir possíveis danos causados por tecnologias digitais ao público mais vulnerável.
Hochul também destacou a importância da transparência no ambiente digital. Para ela, diante do grande volume de informações compartilhadas on-line, é fundamental que os usuários sejam informados sobre riscos potenciais e possam tomar decisões mais conscientes em relação ao uso das redes sociais.
Medida segue lógica de outros alertas ao consumidor
Autoridades de Nova York ressaltam que a iniciativa segue o mesmo princípio de advertências já adotadas em outros produtos e serviços. Exemplos incluem alertas sobre risco de câncer em maços de cigarro, avisos de sufocamento em embalagens plásticas e informações sobre excesso de açúcar e sódio em alimentos industrializados.
Bebidas alcoólicas e videogames também costumam trazer recomendações sobre possíveis danos à saúde, reforçando a prática de informar o consumidor sobre efeitos adversos. No entendimento do governo estadual, as redes sociais passaram a ter impacto semelhante e, por isso, devem seguir o mesmo padrão de responsabilidade.
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